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Policiais à paisana e vigilância aérea na pauta da PM para decisão

Do UOL, em Belo Horizonte

26/11/2014 10h31

Monitoramento das redes sociais, para evitar confrontos entre torcidas rivais, e acompanhamento aéreo do deslocamento de torcedores e das delegações de Cruzeiro e Atlético. Estas são algumas das medidas adotadas pela Polícia Militar de Minas Gerais, que utilizará 3 mil policiais na operação articulada, sendo 600 deles no interior do Mineirão, nesta quarta-feira, às 22h.

De acordo com o comandante do Policiamento Especializado, coronel Ricardo Machado, o serviço de inteligência da Corporação está atuando no monitoramento de redes sociais e na descoberta de possíveis locais de concentração dos torcedores, dos dois times, antes e depois do jogo.

A principal preocupação no aspecto segurança é com a atuação de torcidas organizadas dos dois clubes. Três delas continuam suspensas pelo Ministério Público mineiro e seus integrantes não podem se aproximar de um raio de cinco quilômetros do Mineirão, que serão presos: Máfia Azul e Pavilhão Independente, ambas do Cruzeiro, e Galoucura, do Atlético-MG.

A Polícia Militar, segundo o coronel Machado, já identificou por exemplo ingressos falsos sendo comercializados e alerta a torcedores de Cruzeiro e Atlético-MG para não comprar entradas em nenhuma hipótese fora dos locais oficiais de comercialização.

“Alertamos para não comprar ingressos fora dos locais autorizados, está havendo venda de ingressos falsos”, comentou coronel Machado, em entrevista à Rádio Itatiaia.

Com o início das vendas de 1.813 ingressos para torcedores atleticanos, a Polícia Militar confirmou o esquema que visa impedir o encontro entre as torcidas rivais. Essa operação, que está sendo comparada à que foi montada para a Copa do Mundo deste ano, inclui a escolta dos torcedores atleticanos no deslocamento até o Mineirinho, local em que ficarão concentrados.

“Faremos escolta dos coletivos que levarão atleticanos da Praça da Estação ao Mineirinho. Só entra ali quem tiver ingresso”, afirmou o coronel Machado. O esquema de segurança envolve ainda o uso de policiais à paisana, para evitar, por exemplo, que atleticanos comprem ingressos como se fossem cruzeirenses.

A comandante de policiamento da capital, coronel Cláudia Romualdo, solicitou aos torcedores do Atlético que mudem o trajeto costumeiro de acesso ao Mineirão. “Historicamente o atleticano se acostumou a chegar ao estádio pela Avenida Antônio Carlos e acessando pela Avenida Abraão Caran, que evite esse trajeto, especialmente quem estiver utilizando uniforme do clube e faça o acesso pela orla da Lagoa da Pampulha”, comentou.