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Campanha nota 10, time nem perto. Vitória passa no sufoco e ouve vaias

Do UOL, em São Paulo

14/04/2015 21h20

Foi no sufoco. Jogando mal e ouvindo vaias da própria torcida, que compareceu em número bastante discreto ao Barradão na noite desta terça-feira, o Vitória conseguiu avançar à segunda fase da Copa do Brasil com o empate de 1 a 1 diante do Anapolina-GO. A vaga veio por conta da vitória de 2 a 1 no jogo de ida, no estádio Jonas Duarte, há duas semanas.

O próximo adversário do Vitória no torneio nacional será o ASA de Arapiraca, que eliminou o São Raimundo-RR ainda no primeiro jogo ao vencer fora de casa pelo placar de 3 a 1.

O que valeu mesmo para a nação rubro-negra foi a excelente campanha de incentivo à doação de órgãos que pôde ser vista no Barradão. Os jogadores rubro-negros entraram em campo com uma camisa especial com escudo removível, aplicado em velcro. A ideia era doar o próprio escudo para conscientizar a torcida sobre a importância de ser um doador de órgãos, especialmente na Bahia, que apresenta números bem baixos.

E isso aconteceu nas substituições promovidas por Claudinei Oliveira, com os jogadores titulares doando seus escudos aos reservas, que usavam uma camisa sem escudo. Romário deu lugar a Escudero no intervalo, enquanto Rogério substituiu Vander e pegou o escudo do companheiro. Por fim, foi a vez de Marcelo pegar o de Rhayner. O slogan da campanha é o seguinte: “Quando o jogo acaba para alguém, ele pode continuar para outra pessoa. Seja um doador. Avise a sua família”.

Fases do jogo: Nem parecia que o Vitória jogava em casa. Na primeira etapa, o time rubro-negro apenas conseguia assustar em alguns escanteios cobrados por Jorge Wagner, como em uma cabeceada de Luiz Gustavo que exigiu ‘milagre’ do goleiro Thiago. Mas quem mais criou, com a bola no chão, foi o Anapolina, que aos 33min abriu o placar com um velho conhecido do Vitória: Pedro Oldoni. O atacante recebeu cruzamento da esquerda, errou um passe de calcanhar e acabou dando sorte, já que a bola ficou livre para ele finalizar cruzado e mandar para as redes. 1 a 0 e vaias da torcida rubro-negra no Barradão, algo que se repetiu na saída para o intervalo e provocou a reclamação de Rhayner. De acordo com ele, as vaias atrapalham o time e só deveriam acontecer após o apito final, e nunca durante o jogo.

As vaias, porém, parecem ter feito bem ao Vitória, que voltou melhor no segundo tempo e encurralou o Anapolina em seu campo. Mesmo assim, ainda demorou para o time rubro-negro balançar as redes. Foi só aos 32min, depois de lançamento do goleiro Fernando Miguel. Rhayner desviou de cabeça e a bola sobrou para Rogério – que havia entrado no já na etapa final –, que soltou a bomba de primeira e deixou tudo igual no Barradão. E mesmo com o placar favorável, o time da casa seguiu melhor e por pouco não ampliou. Mas já era suficiente.

O melhor: Sandrinho. Entrou ainda na metade do primeiro tempo e mudou a cara do jogo. Infernizou a defesa rubro-negra pelo lado esquerdo e levou vantagem em praticamente todos os lances.

O pior: Romário. Sofreu com Sandrinho e deixou o campo ainda no intervalo do jogo.

Para lembrar:

De saída? Nino Paraíba, Neto Baiano e Willie estavam convocados para este jogo, mas os três acabaram cortados da lista e podem deixar o Vitória. Neto tem proposta do Avaí, enquanto Willie deve ser emprestado. Já Nino tem contrato até o fim do ano e também não deve continuar.