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Eliminação precoce 'custa' R$ 700 mil ao Botafogo e deixa René sob pressão

René Simões vive momento de incerteza no Botafogo após eliminação - RUI PORTO FILHO/AGIF
René Simões vive momento de incerteza no Botafogo após eliminação Imagem: RUI PORTO FILHO/AGIF

Do UOL, no Rio de Janerio

15/07/2015 06h07

A eliminação ainda na terceira fase da Copa do Brasil vai custar caro ao Botafogo. Com a derrota para o Figueirense por 1 a 0 com gol sofrido aos 47 minutos do segundo tempo, o Alvinegro deixou de faturar R$ 690 mil que teria direito caso disputasse as oitavas de final da competição. A decepção em campo também motivou muitas vaias ao técnico René Simões, que viu sua tranquilidade no cargo ir embora de vez.

Ao ser questionado após a derrota sobre a permanência do treinador no Botafogo, o presidente do clube se limitou a dizer que terá uma reunião com a comissão técnica nesta quarta. O time comandado por René vem de uma sequência irregular na Série B do Campeonato Brasileiro (apenas uma derrota em cinco jogos), o que também não melhora sua situação.

“A torcida paga e tem o direito de protestar sua insatisfação, seja com o treinador, comigo ou qualquer outro membro da diretoria. Eu continuo, a diretoria continua, e, sobre o departamento de futebol, vamos conversar nesta quarta, como sempre fazemos após as partidas. Vamos ouvir o René e ver o que aconteceu. Vamos conversar com o Antônio Lopes [diretor de futebol] e agir com tranquilidade”, disse o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, antes de deixar o estádio.

“Hoje é um momento de muita tristeza. Estou muito aborrecido, muito decepcionado. Estamos nos empenhando profundamente para dar todas as condições para a equipe de futebol. Então vamos deixar para quarta, conversar com a comissão técnica, com tranquilidade. Não vamos tomar nenhuma decisão precipitada ou agir sem tranquilidade”, complementou o mandatário.

O técnico René Simões, por sua vez, evitou falar muito sobre a pressão da torcida e da diretoria. Para o treinador, os questionamentos são normais em um momento em que os resultados não têm sidos os esperados.

“Treinador só tem uma certeza, que é a incerteza do cargo. Mas não me sinto pressionado, me sinto trabalhando. O momento é difícil, falei para os jogadores no vestiário que a temperatura subiu. Agora é a hora de mostrar quem é cascudo para seguir em frente”, argumentou René.

“Isso [vaias] é completamente normal. Qualquer clube que fosse eliminado dessa forma, a torcida reagiria mal. A torcida estava comemorando classificação e, no fim, sai fora. Não é a torcida do Botafogo. Qualquer torcida reagiria assim. Foi um choque”, analisou o comandante.

Além do abalo no prestígio de René, a receita perdida certamente fará falta aos combalidos cofres do Botafogo. Para se ter uma ideia, o teto salarial do clube é de R$ 50 mil, ou seja, a premiação custearia quase 14 jogadores com o vencimento máximo. Em um ano em que a dificuldade financeira é notória, a perda do valor é motivo para lamentação em General Severiano.

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