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Flamengo x Vasco movimenta Rio e acirra rivalidade em ano de decisões

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

25/08/2015 06h10

A histórica rivalidade entre Flamengo e Vasco aumentou em 2015. Inúmeros episódios colaboraram para exaltar os ânimos, mas a quantidade de jogos decisivos em uma mesma temporada foi fator determinante. O clássico movimenta o Rio de Janeiro e mobiliza os torcedores independentemente da situação dos times no Campeonato Brasileiro.

O duelo entre Cruzmaltino e Rubro-negro, quarta-feira (26), às 22h, no Maracanã, vale a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. Será a sétima vez que os rivais se enfrentarão no ano de um total de oito. Os times não se encaravam em tantas oportunidades desde 1973.

E os quatro duelos decisivos turbinaram a rivalidade. No Campeonato Carioca, Vasco e Flamengo empataram a primeira semifinal sem gols. Na segunda partida, o time de São Januário levou a melhor e ainda se sagrou campeão estadual depois de 12 anos.

Tudo o que foi dito na ocasião se arrastou por meses e aumentou a importância dos jogos na Copa do Brasil. O presidente cruzmaltino Eurico Miranda e o atacante rubro-negro Emerson Sheik polarizaram a troca de alfinetadas e motivaram os torcedores. Paolo Guerrero também entrou na dança.

Mesmo em má fase no Campeonato Brasileiro - lanterna, com apenas 13 pontos -, o Vasco está confiante e até antecipou a concentração com o objetivo de impor mais uma frustração ao maior rival. Ao vencer o primeiro jogo por 1 a 0, a equipe do técnico Jorginho pode até empatar para ir às quartas de final. O Flamengo precisa de uma vitória por dois gols de diferença. Triunfo da equipe da Gávea por um tento leva a decisão para os pênaltis (como os dois jogos são no Maracanã, não há como critério de desempate o gol feito como visitante).

Trinta mil ingressos foram vendidos até a última segunda-feira (24) e a expectativa é a de que mais de 50 mil torcedores compareçam ao Maracanã. Os debates entre flamenguistas e vascaínos estão nos bares, ruas, praias, escritórios, redes sociais e filas por ingressos. Cada um “puxa sardinha” para o seu lado e a maioria concorda que o jogo tem força suficiente para mudar a temporada de vencedor e perdedor.

Mas se torcidas e personagens como Guerrero e Jorginho estão inflamados com o confronto, outros jogadores trataram o reencontro com tranquilidade e até amenizaram um pouco o clima. Uma prova de que o "Clássico dos Milhões" mexe com emoções de formas distintas.

“Temos uma desvantagem e isso não é o cenário ideal. Mas o time tem que ser inteligente. Vamos nos preparar bem e no futebol tudo pode acontecer. Precisamos entrar focados para reverter o resultado. Agora, sem desespero, sem perder a cabeça. O importante é fazer um bom jogo do início ao fim”, afirmou o meia rubro-negro Ederson.

“É hora de esquecer o Brasileiro. Temos uma vantagem mínima na Copa do Brasil, mas é uma vantagem. Não vamos deixar a torcida na mão”, encerrou o vascaíno Madson.