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"Preocupante falar que não errou", diz Prass ao rebater chefe de arbitragem

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

26/11/2015 16h30

Fernando Prass não gostou da análise de Sérgio Corrêa, chefe de arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) sobre a atuação dos juízes na partida entre Palmeiras e Santos na última quarta-feira (25), na Vila Belmiro. O time da Baixada Santista venceu por 1 a 0 e precisa de um empate para garantir o título da Copa do Brasil. 

O goleiro reclama de pênalti em cima de Barrios, no início do segundo tempo, cometido por David Braz, enquanto que Corrêa aponta que Luiz Flávio de Oliveira acertou ao não marcar a infração.

"É sempre ruim falar de arbitragem. Uma final de Copa do Brasil entre Palmeiras e Santos, deveríamos falar de jogo. Mas não tem como não falar. É pênalti, provável expulsão com cinco minutos do 2º tempo. É um lance que precisa se comentar. Mas o mais preocupante é quando o chefe da arbitragem vem, no direito dele, e fala que tanto no jogo do Atlético-PR e neste jogo não teve erro. De que neste jogo não houve pênalti. É questão de opinião, mas é muito difícil ver isso. Dá para ver que o David Braz mesmo que involuntariamente toca na perna do Barrios. Ele não tem obrigação nenhuma de comentar, mas a partir do momento que ele dáa a opinião, ele não pode encobertar algumas coisas", analisou Prass, para depois continuar.

"Estou longe de querer justificar uma atuação ruim com erro de arbitragem, mas não posso ser hipócrita de dizer que isso não influencia. Não posso justificar o meu erro com arbitragem e ele não pode falar do erro do time para encobrir erros da arbitragem. Me preocupa a avaliação dele. A gente sabe que o árbitro está em desvantagem, de não ter a preparação, mas ele precisa fazer uma análise e diagnosticar os erros. Eu acho que ele não pode tentar encobrir os erros", completou.

Fernando Prass ainda ponderou e disse que a expulsão de Lucas foi acertada. O goleiro comentou que o time precisa ter mais controle nas horas importantes, como no jogo de ida da Copa do Brasil e também no jogo contra o Atlético-PR, pelo Brasileirão, quando Robinho e Jackson foram expulsos.

"Ele não pode encobrir umas coisas e a gente não pode chegar aqui e dizer que é normal, que é aceitável o descontrole e expulsões como tivemos nesses jogos (Santos e Atlético-PR). Uma coisa é errar e outra coisa é ter uma atitude assim, que pode prejudicar ainda mais um time que já foi prejudicado pela arbitragem", completou.