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Carille define 'não tomar gol' como principal meta e dá missão a meias

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

22/09/2016 07h41

Ainda sem saber por quanto tempo irá comandar o Corinthians, Fábio Carille já definiu sua prioridade daqui para frente: fazer o time voltar a ter uma defesa consistente.

Substituto imediato do demitido técnico Cristóvão Borges, o auxiliar explicou que, além de conversar muito para mudar o ânimo dos jogadores, já iniciou um trabalho para o time parar de tomar gols. No primeiro jogo, deu certo: vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense e classificação às quartas de final da Copa do Brasil.

Para os primeiros dias, os dois jogadores que receberam a missão especial foram Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto e Marlone.

“O que eu mais cobrei dos atletas é ressaltar a entrega que os jogadores de beirada precisam ter. Eles precisam recompor bastante para dar sustentação melhor. A nossa ideia é parar de tomar gols. E é nisso que eu trabalhei bastante”, destacou.

A preocupação faz sentido. Nos últimos dez jogos até então, o Corinthians só não havia sido vazado em uma ocasião: na vitória por 3 a 0 em cima do Sport. No restante, foram 15 gols sofridos em quatro derrotas, duas vitórias e outros quatro empates.

Sob o comando de Cristóvão, foram 20 gols sofridos em 18 jogos, uma média de mais de um por partida. A título de comparação, a equipe que foi campeã brasileira em 2015 com Tite como treinador sofreu 31 gols em 38 jogos. O Palmeiras, atual líder do Brasileirão, sofreu 24 gols em 26 partidas.

Carille reconhece que o grande obstáculo para o trabalho de Cristóvão foi o desmanche sofrido durante a janela do meio do ano e lembra que o técnico tentou manter a herança de Tite.

“Na saída do Tite, o Cristóvão tentou manter a ideia de usar o 4-1-4-1 pressionando lá em cima, e no meio do caminho perdemos jogadores. E as mudanças que aconteceram prejudicaram muito o andamento. Para esse jogo, falei para não marcar lá em cima e acreditei que isso fosse dar confiança. O que eu quero acrescentar é essa doação o tempo inteiro, inclusive dos meias e dos atacantes”, completou.