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Em honra aos amigos. Grêmio adiciona ingrediente à final da Copa do Brasil

Mateus Biteco é uma das vítimas do voo da Chapecoense que passou pelo Grêmio - Marinho Saldanha/UOL
Mateus Biteco é uma das vítimas do voo da Chapecoense que passou pelo Grêmio Imagem: Marinho Saldanha/UOL

Do UOL, em Porto Alegre

04/12/2016 11h00

Ganhar a Copa do Brasil não será mais uma conquista simples, encerrando o jejum de 15 anos sem conquistas nacionais. Após a tragédia aérea que vitimou 71 pessoas no voo da Chapecoense à Colômbia, o Grêmio passou a tratar o triunfo diante do Atlético-MG como uma forma de honrar e homenagear os seus ex-jogadores mortos na última terça-feira.

“A melhor maneira de honrar todos os jogadores, famílias e pessoas de Chapecó é treinar bem, treinar duro e aproveitar cada momento com os colegas e famílias. É uma forma de honrar eles”, disse Kannemann.

Entre os sobreviventes, Follmann tem ligação com o Grêmio. Na lista de vítimas, outros vários nomes com passagem pelo clube. William Thiego, Dener, Matheus Biteco, Caio Júnior e Mário Sérgio Pontes de Paiva. O preparador físico Anderson Paixão também foi funcionário.

“Eu estou pensando muito no que aconteceu, tenho amigos em situação complicada, mas temos uma última semana e se tivermos que jogar, vamos procurar dar o melhor”, comentou Ramiro.

Follmann e Ramiro dividiram apartamento em Porto Alegre, após fechar com o Grêmio. Eles também confraternizavam na época de Juventude. Vem deste tempo a ligação do volante com Alan Ruschel, outro sobrevivente da queda do avião.

“Eu tenho bastante contato com a família do Follmann, via a namorada dele. A família do Ruschel também, pela namorada. Eu tenho falado com eles e repassou as informações para a nossa roda de amigos”, revelou Ramiro.

Vencedor do jogo de ida da final contra o Atlético-MG, pelo placar de 3 a 1, o Grêmio prepara diversas homenagens à Chapecoense na próxima quarta-feira. Neste domingo, a Arena recebe o velório do zagueiro Filipe Machado. Formado nas categorias de base do Inter, ele passou pelos times infantis do tricolor e o ato fúnebre ocorrerá no estádio após solicitação da mãe do atleta. Biteco e Dener serão velados em um cemitério de Porto Alegre.