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Explosivo? Cobrança de Donizete é vista com bons olhos pelos companheiros

Leandro Donizete, do Atlético-MG, disputa bola com Douglas, do Grêmio - Pedro Vilela/Getty Images
Leandro Donizete, do Atlético-MG, disputa bola com Douglas, do Grêmio Imagem: Pedro Vilela/Getty Images

Enrico Bruno, Thiago Fernandes e Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

07/12/2016 06h00

A derrota por 3 a 1 para o Grêmio, em pleno Mineirão, na partida de ida da final da Copa do Brasil, evidenciou (novamente) o perfil de liderança de Leandro Donizete no Atlético-MG.

Embora não utilize a braçadeira de capitão, o volante é um dos principais nomes do elenco e tem bastante poder sobre os companheiros. Não é à toa que recebe a alcunha de General por parte da torcida.

A idolatria e o apelido não se restringem à maneira enérgica de atuar. As declarações fortes, sobretudo quando necessita cobrar os colegas, aparecem constantemente. Na partida de ida, o meio-campista não mediu palavras para exigir uma postura diferente da equipe.

“Eles fizeram 3 a 1. Nós temos que criar vergonha e mudar nossa postura lá (em Porto Alegre). Temos capacidade, temos qualidade para virar lá também, por que não?! Eles vieram aqui e fizeram isso com a gente, podemos muito bem fazer igual. Não tem nada de entregar os pontos, vamos brigar até o final”, cobrou.

O perfil de liderança é um ponto latente. Em algumas das preleções do antigo treinador – Marcelo Oliveira –, o atleta teve a incumbência de conversar com os demais jogadores, conforme apurado pelo UOL Esporte. Os exemplos de vida e sucesso na carreira foram utilizados constantemente. O jeito explosivo, em muitas ocasiões, é restrito às partidas e às entrevistas coletivas.

Em pouco mais de quatro anos na Cidade do Galo, o meio-campista jamais teve um caso de indisciplina ou confusão por conta da forma intempestiva de lidar com as palavras. Em campo, porém, a situação é diferente. Há quem se incomode com a maneira de atuar do volante.

O caso mais recente é a discussão com Gabriel Jesus, no estádio Independência. Mesmo com as reclamações de um dos principais nomes do Brasil na atualidade, o jogador é defendido pelos companheiros:

“Ele chega forte, mas é sempre leal, um grande jogador, tem importância grande no nosso esquema defensivo, ajuda na proteção da defesa. É um grande jogador”, disse Marcos Rocha, que está ao lado do meio-campista desde 2012.

Nesta quarta-feira (7), a liderança de Leandro Donizete terá que ser vista em campo para que o Atlético consiga uma virada no mínimo histórica diante do Grêmio, em Porto Alegre. As equipes se enfrentam às 21h45 (de Brasília).

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