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Dorival quer bater "pedra no sapato" de geração Robinho para manter emprego

Santos venceu o jogo de ida por 2 a 0 na Vila Belmiro e abriu boa vantagem - Marcello Zambrana/AGIF
Santos venceu o jogo de ida por 2 a 0 na Vila Belmiro e abriu boa vantagem Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

10/05/2017 04h00

O Santos busca diante do Paysandu, nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no estádio Mangueirão, em Belém-PA, afastar o improvável e confirmar a sua classificação para as quartas de final da Copa do Brasil.

Só que, para isso, o técnico Dorival Júnior precisará derrotar uma equipe que historicamente foi uma espécie de “pedra no sapato” de um time marcante do Santos. Para a primeira geração comandada por Robinho, de 2002 a 2005, conhecida por tirar a equipe de uma fila de 18 anos sem títulos de expressão, encarar o time paraense nunca foi moleza.

No período, Robinho e cia. jogaram quatro vezes em Belém e só venceram uma, justamente na partida que marcou a despedida do ídolo santista: 3 a 2, com gols marcados por Giovanni, Geílson e Zé Elias.

Antes disso, perdeu duas vezes: em 2002 e 2003, curiosamente as duas únicas derrotas para o rival na história em 19 partidas disputadas. A equipe de 2003 também contava com Ricardo Oliveira e Renato, principais líderes do atual elenco santista. Em 2004, empate por 1 a 1.

Dorival tenta se proteger de uma nova surpresa dos paraenses, principalmente, para não voltar a ter o seu cargo ameaçado. Para isso, antecipou que escalará força máxima, com exceção do zagueiro David Braz e o atacante Copete, vetados pelo departamento médico do clube por problemas musculares.

Mesmo diante de uma maratona desgastante de viagens – serão mais de 10.410 km, aproximadamente – nas próximas semanas, o treinador tem como exemplo o seu principal amigo no futebol, o também técnico Vagner Mancini.

Mancini foi demitido do Santos em 2009. Entre os motivos do desgaste estava a derrota para o CSA-AL, em plena Vila Belmiro. A eliminação foi considerada um vexame histórico dentro do clube.

O técnico ainda tem dúvidas sobre o titular ideal para a lateral esquerda enquanto Zeca se recupera de uma cirurgia no joelho esquerdo. O treinador pode voltar a escalar Jean Mota, que cumpriu suspensão na Libertadores, ou bancar a permanência de Matheus Ribeiro. Na defesa, o substituto de Braz será Cleber.

As equipes estão motivadas, principalmente, pelos últimos resultados que obtiveram. O Santos venceu por 3 a 2 o Santa Fe-COL, na última quinta, e deu um passo importante rumo à classificação para as oitavas de final da Libertadores. O Paysandu, por sua vez, bateu por 2 a 1 o rival Remo já nos minutos finais e conquistou o Campeonato Paraense.

FICHA TÉCNICA
PAYSANDU X SANTOS

Data: 10 de maio de 2017, quarta-feira
Horário: 21h45
Local: Estádio Mangueirão, em Belém (PA)
Árbitro: Andre Luiz de Freitas Castro (GO)
Auxiliares: Cristhian Passos Sorence e Leone Carvalho Rocha (ambos de GO)

Paysandu: Emerson; Ayrton, Perema, Gilva e Hayner; Wesley, Rodrigo Andrade e Diogo Oliveira; Leandro Carvalho, Alfredo e Bergson. Técnico: Marcelo Chamusca

Santos: Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, Cleber e Matheus Ribeiro (Jean Mota); Thiago Maia, Renato, Lucas Lima, Vitor Bueno e Bruno Henrique; Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Júnior