Fla levanta 49 bolas na área e sofre para definir em momento-chave do ano
O Flamengo esbarra em um conhecido problema no momento-chave da temporada. O empate com o Corinthians por 0 a 0, na última quarta-feira (12), no Maracanã, expôs mais uma vez um time com dificuldades na criação de jogadas e refém das bolas alçadas na área. Foram 49 cruzamentos apenas no primeiro duelo contra os paulistas pela semifinal da Copa do Brasil. Os números são do Footstats.
O Rubro-negro teve 67% de posse de bola, no entanto, em nenhum momento levou perigo real ao gol defendido pelo goleiro Cássio. Dos 49 cruzamentos na área, 37 foram errados. Até o zagueiro Réver foi utilizado como centroavante na reta final da partida. Segundo o técnico Maurício Barbieri, a quantidade de bolas alçadas não traduz uma possível falta de alternativas.
“Não é desespero. A nossa ideia é ter a posse de forma objetiva. O que precisamos melhorar é o critério. A questão de alçar a bola não é mesmo por desespero. A partir do momento em que colocamos duas referências [Dourado e Lincoln], a bola precisa ser usada lá dentro. Tínhamos uma vantagem contra os zagueiros, rebotes na entrada da área. Tudo para tentar fazer o gol”, afirmou.
Além dos cruzamentos e 12 cobranças de escanteio como alternativas únicas, o Flamengo deixou a desejar nas finalizações. Errou 15 das 21 tentativas. Sem nenhuma triangulação e pouco apoio dos laterais, o Rubro-negro se torna previsível quando mais precisa surpreender.
Maurício Barbieri também foi questionado sobre a dificuldade de jogar dos atacantes. Nenhum deles emplacou até o momento na função de camisa 9, um problema que compromete ainda mais o estilo de jogo do Flamengo.
“Já tentamos usar o Vitinho como 9 para ganhar mobilidade, usamos dois centroavantes... Demonstramos que temos variações. Não fazer o gol também faz parte do jogo. Mas é claro que precisamos trabalhar e encontrar soluções para acertar o detalhe da última bola”, encerrou.
O Flamengo tem cada vez menos tempo para tentar conquistar um título de expressão na gestão Eduardo Bandeira de Mello. O jogo de volta contra o Corinthians tem um peso grande no clube. Para obter sucesso, será necessário mudar e, principalmente, acertar.
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