Luis Fabiano admite erro em expulsão e fala em 'pouco de vontade de largar o futebol'

O atacante Luis Fabiano, do São Paulo, admitiu que prejudicou a equipe paulista ao ser expulso logo aos 13 minutos do primeiro tempo da partida contra o Tigre, nesta quarta-feira, em La Bombonera, no duelo de ida da decisão da Sul-Americana. 

Após o confronto, o camisa 9 falou até mesmo que pensa em deixar o futebol para ter mais tranquilidade. "Hoje, sinceramente, estou tendo um sentimento que nunca tive em toda minha carreira. Sentimento de frustração com um pouco de vontade de largar o futebol. Logico que não vou parar de jogar, mas é o que sinto hoje", desabafou o jogador. "Hoje estou com um sentimento que nunca tive na carreira, de frustração.Poderia ter levado amarelo, até porque não teve agressão", completou.

Aos 13min do primeiro tempo. Lucas fez falta no ataque e levou uma encarada do rival. Luis Fabiano chegou separando de forma viril e a confusão começou. Irritado, o camisa 9 tentou dar um chute em um atleta do time argentino e foi expulso, assim como o zagueiro Donatti, que também estava envolvido no tumulto.

Esta foi a segunda expulsão de Luis Fabiano na atual temporada. No dia 17 de junho, no duelo contra o Atlético-MG, no Morumbi, ele recebeu o cartão vermelho por dura reclamação com o árbitro da partida. 

Apesar de ser o grande artilheiro do São Paulo, o atacante desfalcou o time em momentos importantes da temporada, como na reta final do Paulista, quando perdeu a semifinal contra o Santos por estar suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Na próxima quarta-feira, no jogo que decidirá o campeão da Sul-Americana, mais uma vez não estará em campo, diante de mais de 60 mil torcedores que prometem lotar o Morumbi.

Rogério Ceni, capitão do São Paulo, saiu em defesa do companheiro, e também concordou que o cartão amarelo talvez fosse a punição mais justa ao camisa 9 da equipe. 

"Estava de longe, mas acho que o cartão amarelo seria melhor. Não teve agressão. Mas isso prejudicou a nossa equipe, pois perdemos um jogador de referência. Eles ficaram com um defensor a menos, o que não muda muito", afirmou.