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Ceni descarta seguranças armados, diz que Tigre não é "time profissional" e acusa argentinos

Rogério Ceni e Lucas se abraçam para comemorar a conquista da Copa Sul-Americana - Leonardo Soares/UOL
Rogério Ceni e Lucas se abraçam para comemorar a conquista da Copa Sul-Americana Imagem: Leonardo Soares/UOL

Do UOL, em São Paulo

13/12/2012 15h30

Após uma violenta briga entre atletas do Tigre e seguranças do São Paulo manchar a conquista da Copa Sul-Americana pelo time paulista, na última quarta-feira, o goleiro Rogério Ceni saiu em defesa da equipe do Morumbi nesta quinta. Em entrevista ao Sportv, o capitão disse que o clube argentino entrou em campo com o intuito apenas de bater no adversário, descartou que os seguranças são-paulinos tenham agredido os estrangeiros ou usado armas e afirmou que o rival não teve atitude de "time profissional".

"Sabíamos da superioridade do nosso time, eles só tinham bola parada, mas achei vergonhoso que eles foram a campo apenas para brigar. Uma coisa é a dividida, jogo pegado, outra coisa é agredir, querer machucar. Quando eles levaram 2 a 0, tomaram a decisão de arrumar confusão e nem voltar para o segundo tempo. Se estivesse 0 a 0, voltariam normalmente e tentariam carregar o jogo até os pênaltis", disse o goleiro.

"Fazer o que foi feito e não voltar pra campo não é atitude de time profissional. Por mais humilde e limitado que o elenco deles seja, não pode fazer isso. Nem na (categoria de) base isso acontece. O que aconteceu não reflete a grandeza e a importância do que é um torneio internacional como a Copa Sul-Americana", completou o goleiro.

Segundo relatou Ceni, os atletas do Tigre quebraram objetos no vestiário de visitantes do Morumbi, e usaram pedaços de mesas e cadeiras para agredir os seguranças do São Paulo, que tentavam proteger o meia Lucas. O goleiro diz que não houve revide, e em nenhum momento armas foram puxadas, como alegam os estrangeiros.

"Tentaram invadir nosso vestiário. Quebraram mesas e cadeiras que tinha no vestiário deles. Os seguranças ficaram na porta no nosso vestiário, e eles tentaram invadir para bater no Lucas com pedaços de objetos, pés de mesa. Aí eles começaram a jogar as coisas nos seguranças e começou a briga generalizada", contou.

"Faz 23 anos que jogo no São Paulo e nunca havia visto um episódio desse. Mas garanto que jamais um segurança vai agredir um jogador. É uma vergonha o que eles fizeram, tentaram plantar, falaram que tinha arma. Quem tem arma é polícia, não segurança. Eles pensaram que isso pudesse anular o jogo, e é uma pena, pois isso mancha a imagem do futebol argentino. Não representa a grandeza dos clubes deles", afirmou.