Atlético-PR leva 'golaço de canela', perde de time paraguaio e é eliminado

Um brasileiro a menos na Copa Sul-Americana. Depois de vencer o Sportivo Luqueño por 1 a 0 na Arena da Baixada, o Atlético-PR foi derrotado por 2 a 0 pelo time paraguaio na noite desta quarta-feira, na cidade de Luque, e desta forma acabou dando adeus ao torneio continental.

A derrota rubro-negra começou a ser construída com um gol de placa do Sportivo Luqueño, marcado pelo atacante Jorge Ortega, que chapelou o zagueiro Vilches (da seleção chilena) dentro da área e depois ainda encobriu o goleiro Wéverton, com a canela. Leguizamón ampliou, em rebote de pênalti, e assim garantiu os paraguaios nas semifinais do torneio.

Com a eliminação do Atlético-PR, a Chapecoense passa a ser o único brasileiro com chances de título na Sul-Americana 2015. O time de Chapecó recebe o River Plate ainda nesta quarta-feira, na Arena Condá, e precisa vencer por 2 a 0 para avançar às semifinais – perdeu a ida por 3 a 1.

Fases do jogo: A vantagem que o Atlético-PR tinha de avançar com o placar de 0 a 0 em Luque foi perdida logo aos 4min de jogo. E com um golaço. Kadu tentou sair jogando com tranquilidade na defesa e perdeu a bola para Jorge Ortega, que tirou o zagueiro com um ‘toquinho’, chapelou Vilches dentro da área e, de canela, tocou por cima de Wéverton. 1 a 0. O gol, porém, não abalou o time brasileiro, que seguiu jogando de igual para igual com os donos da casa e até criando mais oportunidades. Mas não soube aproveitar. Já o Luqueño teve sorte. Não na linda defesa de Wéverton aos 27min, mas no pênalti que teve a favor aos 35min, depois de empurrão de Hernández em Mendieta. Na cobrança, Leguizamón chutou nas mãos de Wérventon. Porém, no rebote, o próprio Leguizamón completou para as redes. 2 a 0.

Apesar de levar dois gols, o Atlético-PR ainda precisava de apenas um gol para se classificar às semifinais. E ficou perto dele em diversas ocasiões. Na segunda etapa, o time brasileiro passou a tomar conta do jogo. Com bastante espaço no meio-campo, criou diversas oportunidades de gol, mas nenhuma delas concluída com precisão. Aos 24min, faltou pouco. Chena fez milagre em finalização à queima-roupa de Nikão, após cruzamento de Dellatorre. A pressão seguiu, com o Atlético-PR todo no campo de ataque. Mas a equipe brasileira abusou dos cruzamentos para a área e acabou não achando o gol que precisava. Festa no estádio Feliciano Cáceres.

O melhor: Jorge Ortega. Marcou um golaço e abriu o caminho para a vitória e a classificação do Sportivo Luqueño.

O pior: Kadu. Falhou feio no primeiro gol do Sportivo Luqueño e em nenhum momento da partida mostrou-se totalmente seguro na defesa.

Para lembrar:

Pré-jogo tenso. Os jogadores do Atlético-PR sofreram para dormir na última noite. Um grupo de torcedores paraguaios fez barulho até cerca de 2h30 na frente do hotel que os rubro-negros estavam hospedados, com direito a rojões, foguetes e ‘buzinaço’.

Perdeu a cabeça. Alvo de provocações racistas dos torcedores paraguaios, Nikão vinha sendo o melhor do Atlético-PR em campo. Mas perdeu a cabeça nos minutos finais. Depois de cometer falta na defesa, tentou dar uma cotovelada no jogador adversário e acabou expulso.

Mal no Nacional. O Sportivo Luqueño ocupa a penúltima colocação do Campeonato Paraguaio (Clausura). Com apenas 16 pontos em 16 jogos, ele é apenas o 11º entre 12 times.