Real Madrid vive 1ª crise da temporada. Valeu a pena investir em astros?
O dia 24 de maio de 2014 é uma data histórica para o Real Madrid. O time merengue bateu o Atlético de Madri na prorrogação e conquistou pela décima vez a Liga dos Campeões da Uefa, principal competição de clubes do futebol europeu. Menos de quatro meses depois, a realidade é bem diferente. Com duas derrotas em três jogos, a equipe madrilena já foi vaiada e ouviu protestos no Campeonato Espanhol. Valeu a pena apostar tanto em astros?
Do time que foi campeão europeu, o Real Madrid negociou o volante Xabi Alonso (para o Bayern de Munique) e o meia Ángel Di María (para o Manchester United). O argentino fez neste domingo o primeiro gol com a camisa da equipe inglesa, e ainda foi um dos principais destaques em uma vitória sobre o Queens Park Rangers.
Em contrapartida, o Real Madrid investiu muito em reforços. O principal foi o colombiano James Rodríguez, que custou 80 milhões de euros e foi a terceira maior contratação da história do clube. O alemão Toni Kroos, outra contratação badalada, foi tirado do Bayern de Munique por 30 milhões de euros.
No sábado, os dois foram titulares num meio-campo que ainda tinha o croata Modric. Bale (pela direita), Cristiano Ronaldo (pela esquerda) e Benzema (no centro) formaram o ataque do Real Madrid.
Sem um volante de marcação, o Real Madrid teve 63% de posse de bola contra o Atlético de Madri e acertou muito mais passes (83% contra 65% do rival). Além disso, ganhou nas finalizações (21 a 9). Ainda assim, sofreu a segunda derrota em três jogos no Campeonato Espanhol.
Um dos motivos para isso foi a ineficiência defensiva do Real Madrid. O primeiro gol do Atlético aconteceu após cobrança de escanteio da esquerda, e o segundo surgiu em jogada da direita. Raul García e Arda Turan, que completou para as redes, estavam dentro da área merengue. Toni Kroos e Modric, por outro lado, ainda estavam distantes do lance.
“Entendo um pouco o que estamos vivendo. Temos sofrido muitos gols em bolas paradas, e esse é um tema coletivo. Me sinto responsável porque tenho de orientar meus companheiros, mas é um problema que está se acumulando”, disse o goleiro Casillas depois da partida de sábado.
Casillas, aliás, é um símbolo do novo momento do Real Madrid. Ele foi titular no título europeu e é um dos maiores nomes do atual elenco, mas vinha disputando espaço com Diego López até o fim da temporada passada. O reserva foi dispensado para a contratação de Keylor Navas, destaque da Costa Rica na Copa do Mundo.
No sábado, Casillas foi vaiado pela torcida do Real Madrid. “O público é soberano, e se eles querem fazer isso eu devo encarar. Tenho de seguir trabalhando e responder”, minimizou o goleiro.
A torcida do Real Madrid também pediu a saída do presidente Florentino Pérez, principal artífice da política de investimento em jogadores badalados. “Eu não escvutei [os protestos], mas os torcedores sempre têm razão”, disse o zagueiro Pepe.
O Real Madrid precisará superar um jejum de 40 anos para ser campeão espanhol nesta temporada. O último time a vencer a competição depois de duas derrotas nas três primeiras rodadas foi o Barcelona de 1974.
Antes de pensar em ser campeão, porém, o Real Madrid pensa na remontagem do time. Com James Rodríguez e Toni Kroos entre os titulares, Casillas consolidado e nenhum volante marcador, o atual campeão europeu virou uma enorme interrogação. Pode até dar certo até o fim da temporada, mas era necessário mexer em um time que havia sido campeão?
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