Real Madrid sofre além da conta, mas bate time "nanico" pela Copa do Rei
O time mais badalado do momento contra um “nanico” da terceira divisão do Campeonato Espanhol. Em sua estreia na Copa do Rei desta temporada, o Real Madrid fez o que se esperava dele e goleou o Cornella por 4 a 1. Sem quase todos os seus titulares, porém, o time merengue sofreu além da conta.
Embora o placar final mostre um domínio avassalador do Real, o Cornella deu trabalho enquanto teve forças, e chegou a arrancar um empate por 1 a 1. Sem estrelas como Cristiano Ronaldo, Kroos, Bale, Modric, Pepe e Casillas, a equipe de Carlo Ancelotti demorou a pegar no tranco e não apresentou grande futebol.
Mesmo assim, conseguiu a vitória que queria, com a vantagem que queria. Fora de casa, o time arrancou na frente e terá vida fácil no jogo de volta, no Santiago Bernabeu.
Fases do jogo:
O Real Madrid, de ressaca pela vitória no Superclássico, entrou em campo com o freio de mão puxado. Como quem sabe que a vitória virá de qualquer jeito, o time trabalhou a bola sem objetividade e ficou ainda mais aliviado quando Varane abriu o placar em uma jogada pelo alto.
Só que o relaxamento foi exagerado. Em um lance esdrúxulo, com falha coletiva do Real e uma troca de passes quase sem querer dos donos da casa, Muñoz ganhou da zaga no corpo, deu uma bomba no meio do gol e empatou, para delírio da torcida presente.
Quando Varane antecipou o goleiro e fez de cabeça de novo, aos 36 minutos do primeiro tempo, o Real Madrid colocou ordem na casa. Racional e mais consciente, o time trabalhou a bola, pressionou com mais calma e conseguiu ampliar com Chicharito, já no segundo tempo.
Saí em diante, o Cornella se empenhou em defender para não levar uma goleada. Também não deu. A 15 minutos do fim, o brasileiro Marcelo, que entrou durante o jogo, fechou o marcador aproveitando um rebote do zagueiro.
Melhor: Varane. Em um Real sem quase nenhuma estrela, o francês salvou a pátria ao se arriscar no ataque. Sem os gols de Varane, o poderoso time merengue poderia ficar exposto a um vexame logo depois do seu melhor momento na temporada.
Pior: Meio-campo do Real. Khedira, Illaramendi, Isco e James estão longe de ser coadjuvantes – o colombiano é titular, inclusive. Sem motivação, porém, o quarteto criou muito pouco diante de um time que ofereceu pouca resistência.
Chave do jogo: Diferença técnica. O Cornella fez o jogo de sua vida, de olho na publicidade e até no retorno financeiro de um bom resultado diante do Real, mas o abismo entre os clubes é tão grande que o time merengue, mesmo sem sofrer, ganhou com facilidade.
Toque dos técnicos: Carlo Ancelotti deu uma espécie de prêmio às suas estrelas, que saíram da semana mais difícil da temporada com vitórias notáveis contra Liverpool e Barcelona. Por isso, mandou a campo um time recheado de peças medianas do poderoso elenco do Real Madrid, reforçadas por Varane, James e Benzema.
Para lembrar:
Prêmio milionário: De acordo com o Marca, os jogadores do Cornella ganham, em média, 600 euros por mês. Se vencessem de forma o Real de forma improvável, porém, ganhariam mais que o dobro do salário em bônus (1,4 mil euros, ou R$ 4,3 mil).
Conhecidos do Barça: A cidade de Cornella fica na província de Barcelona e o time local é um velho conhecido do maior rival do Real Madrid. Especializado em futebol de base, o Cornella já revelou vários jogadores para o gigante catalão, entre eles o lateral Jordi Alba.
Quase amador: O time profissional do Cornella não vive apenas do futebol. Capitão do time, David Garcia é dentista de profissão. Um dos goleiros do elenco, por sua vez, é professor.
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