Real perdeu, mas acredita que encontrou o caminho para sair da crise
Depois de meses jogando em baixo rendimento e sob críticas, o Real Madrid foi para um duelo decisivo contra o Barcelona e... perdeu. Em tese, esse é o roteiro para mais crise, mas o time de Carlo Ancelotti curiosamente vai pelo caminho contrário. Depois de perder do maior rival por 2 a 1, o time acredita ter encontrado rumo.
“Temos de seguir como hoje. O Espanhol ficou complicado, mas não abaixamos os braços. Estamos machucados, mas é melhor ter uma boa sensação no gramado, algo que não tínhamos. Agora é conseguir confiança”, disse o próprio Carlo Ancelotti, segundo o Marca, depois da partida.
“Nós vimos um Real Madrid que deu tudo. Na primeira parte tivemos mais chances e nos falta essa pontinha de sorte que tivemos em outros jogos”, disse Sergio Ramos. “Fizemos um primeiro tempo de luxo, com boa circulação de bola e chances de gol, mas arriscamos muito e depois do segundo gol não fomos fiéis ao nosso estilo de jogo”, emendou Pepe. “Estamos tristes, mas podemos ficar orgulhosos dos primeiros 60 minutos”, completou Modric.
O otimismo de técnico e jogadores não é por acaso. Em toda a imprensa europeia, a avaliação de que o Real Madrid jogou melhor a maior parte do jogo foi constante. Isso se deve, em parte, à eficiência do quarteto que Ancelotti plantou no meio-campo. Alinhados à frente da defesa, Bale, Kroos, Modric e Isco formaram uma linha que impediu Rakitic, Iniesta e Mascherano de se conectarem com o ataque do Barcelona.
Com a bola, em velocidade, os quatro ganhavam o apoio de Marcelo e Cristiano Ronaldo e o Real Madrid chegava bem nos contra-ataques. Foi assim que o melhor do mundo empatou o jogo. Depois que Neymar perdeu um gol dentro da pequena área, Casillas conectou a bola com Modric, que encontrou Benzeman na entrada da área. Com classe, o francês deixou de calcanhar para Ronaldo dar um toquinho na saída de Bravo.
O Real ainda teve chances em chutes de Ronaldo e Benzema antes de ser surpreendido pela jogada individual de Suárez. Ali, além da qualidade do uruguaio, os madrilenhos viram um resultado do desgaste de Kroos e Modric, motores do meio-campo, este último voltando de lesão. “Nosso meio trabalhou muito, Kroos e Modric foram muito bem no primeiro tempo. Pode ser que tenham caído e isso influenciou. Estavam cansados no fim”, disse Ancelotti.
Em desvantagem, o Real se lançou ao ataque, abandonou a formação de sucesso e abriu espaço para a velocidade do Barcelona, que só não castigou mais o rival por causa de Casillas e sua própria falta de pontaria. Melhor para o time de Madri que, sem um tombo tão grande, pode afinar a formação e seguir em frente de cabeça erguida após a derrota.
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