Topo

Carioca - 2019

Grandes do Rio elaboram projeto para alterar fórmula do Estadual, diz jornal

Fracasso de público na Taça Guanabara faz clubes grandes pensarem em mudanças - Júlio César Guimarães/UOL
Fracasso de público na Taça Guanabara faz clubes grandes pensarem em mudanças Imagem: Júlio César Guimarães/UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

28/02/2012 09h03

O fracasso de público na Taça Guanabara – primeiro turno do Estadual do Rio – fez os quatro grandes clubes do estado se mexerem. Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco elaboram um projeto para mudar a fórmula de disputa do torneio. O plano dos dirigentes é apresentar uma proposta à Federação para diminuir o número de times participantes, que atualmente são 16.

Foto flagra erro em socorro a torcedor que caiu no fosso no Engenhão durante final

  • Celso Pupo/Fotoarena

    Após o primeiro gol do Fluminense na vitória por 3 a 1 sobre o Vasco, em jogo que definiu o campeão da Taça Guanabara, um torcedor deu susto nas arquibancadas do Engenhão. Francisco de Assis Vilar de Freitas, 52 anos, perdeu o equilíbrio na comemoração após pênalti convertido por Fred e caiu no fosso do estádio. O atendimento inicial ao tricolor foi rápido, mas equivocado: o colar cervical foi colocado de forma invertida na vítima. Assim, a ação não protegeu a coluna e o pescoço e ainda colocou em risco a integridade física do torcedor.

Segundo o jornal O Globo, o lucro na venda de ingressos rendeu apenas R$ 185 mil para o campeão Fluminense após nove jogos disputados. O presidente Peter Siemsen acredita que a Federação está receptiva à ideia de acabar com o excesso de times e tornar a competição mais atraente para os torcedores do Rio de Janeiro.

“Há um excesso de times que não têm o poder de contribuir economicamente para o campeonato. Por isso, o Carioca não é rentável. Os clubes grandes pagam para jogar e, no nosso entendimento, é preciso reduzir o número de clubes participantes. Conversamos, os quatro grandes, e vamos criar grupos de estudo para achar a solução e encaminhar à Federação”, prometeu o dirigente tricolor.

Siemsen reclama da estratégia dos times pequenos, que montam times de empresários somente para vender jogadores. Mesmo assim, têm a mesma exposição de patrocinadores e contribuem para a decadência técnica e econômica do Estadual do Rio. O presidente lembra que o Flu teve que pagar para jogar em quatro partidas da Taça Guanabara: contra Boavista, Duque de Caxias, Bangu e Vasco [primeira fase].

“Não há saída. É preciso diminuir a fase de grupos e valorizar as semifinais e finais. Sem as cotas de TV, estaríamos mortos”, completa o cartola. Apesar de valorizar a união dos times grandes do Rio no tema, Siemsen cutucou Maurício Assumpção, presidente do Botafogo, que administra o Engenhão.

“Não deveríamos pagar taxa para jogar no estádio se geramos receita para o concessionário levando torcida para o estádio, que come hambúrguer, paga estacionamento”, opinou o mandatário tricolor.