Topo

Carioca - 2019

Árbitro aponta gol de Nixon para Fla em final; Ferj promete corrigir súmula

Do UOL, no Rio de Janeiro

14/04/2014 13h54

O gol que definiu o título do Campeonato Carioca para o Flamengo em clássico com o Vasco, na tarde do domingo, foi marcado por Nixon. Esta é a versão dada pela equipe de arbitragem, comandada por Marcelo de Lima Henrique, na súmula da final. O camisa 29 rubro-negro estava em posição legal no lance, mas o volante Márcio Araújo foi mais rápido e tocou na bola para garantir empate em 1 a 1 e a taça.

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) já sabe do equívoco do árbitro no documento divulgado em seu site oficial nesta segunda-feira e promete fazer a correção assim que possível para evitar qualquer dúvida.

Em condição irregular aos 46 minutos do segundo tempo, Márcio Araújo empatou a partida decisiva e deu o título para o Flamengo sobre o Vasco, no Maracanã. O árbitro auxiliar Luiz Antônio Muniz de Oliveira não flagrou a posição ilegal do jogador rubro-negro e confirmou o gol.

Após a final, Márcio Araújo comentou o fato de ter sido o herói com o lance no final da decisão. "Isso é de arrepiar. Só o Flamengo para nos proporcionar tanta alegria e tanto sofrimento ao mesmo tempo. O torcedor adversário já estava gritando olé, e a gente conseguiu fazer o gol. Em um momento de angústia, consegui coroar com o título", afirmou.

Presidente da Comissão de Arbitragem da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Coaf/Ferj), Jorge Rabelo não fez vista grossa para o erro de seus comandados na final do Campeonato Carioca. O dirigente relembrou outros erros capitais na competição e admitiu que o ano de 2014 é para se esquecer na arbitragem carioca.

No final desta manhã, a Coaf/Ferj divulgou uma nota oficial reconhecendo o erro do auxiliar e defendeu que o mesmo não teve certeza sobre o autor do gol, o que teria dificultado a marcação do polêmico impedimento.

Confira o texto divulgado pela Coaf/Ferj:

"Em relação ao gol do CR Flamengo, a Comissão de Arbitragem, vendo e revendo o lance através do replay, uma vez mais se depara com os limites da capacidade de percepção do ser humano em determinados, difíceis e duvidosos lances, cuja demonstração, à luz da tecnologia, são insuficientes para decisões induvidosas e geradores de equívocos irreparáveis que poderiam ser evitados se para a modalidade futebol fossem desenvolvidos, permitidos e implantados métodos de diagnóstico mais precisos e capazes de auxiliar os árbitros em suas decisões. No caso em questão somente após a revisão do lance por vários ângulos com o auxilio de diversas câmeras permitiu distinguir a autoria do gol, equivocadamente atribuída ao atleta Nixon (em posição regular). Face ao exposto a Comissão não tem como discordar que, apesar do grau de dificuldade do lance, o real autor do gol estava em posição irregular, elucidada com os recursos da tecnologia"