Luxa fala em ditadura no futebol e pede ajuda: 'Não adianta só eu me expor'
Em meio a polêmica que vem cercando o Campeonato Carioca de 2015, o técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo, utilizou-se de cautela para comentar as questões envolvendo os preços dos ingressos e que podem tirar alguns jogos do Rubro-Negro do Maracanã. Seu cuidado ao tocar no tema se dá pelo fato de, em sua opinião, o futebol ser cercado por uma ditadura, situação que pode lhe causar multas ou punições.
“Venho de uma época em que nós vivemos a ditadura. Então, tinha que correr atrás de arroz, feijão… A gente lutava. Fiz faculdade e tinha discussão estudantil dura para cacete para cair ( a ditadura). E aí estamos em 2015 sem poder falar, sem poder ter o direito de opinar sobre o que acontece. O processo do futebol é ditatorial. É o mais ditador que existe no mundo hoje”, opinou.
Para justificar seu pensamento, Luxemburgo colocou como exemplo a maneira como são impostas as punições esportivas no Brasil.
“Se eu me insurgir contra uma punição, em qualquer profissão eu posso ir à Justiça Comum. No futebol não pode. Eu sou punido e o clube, que é meu empregador, também. É um absurdo isso acontecer em 2015. Vai mudar, mas o processo é lento. Vai mudar talvez não para mim, mas para minha neta, meu bisneto. O processo ditatorial está acabando no mundo. Vai mudar com o tempo”, avaliou.
Por fim, o treinador rubro-negro pediu que a causa seja debatida entre outros profissionais envolvidos com o esporte.
“Já discuti tanto que não vale a pena ficar me expondo. Tem que ser mais amplo, não apenas eu colocar a cara”, declarou.
O regulamento do Campeonato Carioca prevê multa em caso de crítica à competição.
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