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Flu x Vasco teve total de 118 presos. Detidos são levados à penitenciária

Do UOL, no Rio de Janeiro

23/02/2015 14h52

O clássico entre Fluminense e Vasco, neste domingo, no Engenhão, teve um total de 118 presos, somando as detenções antes, durante e depois do clássico. Diferentemente do que ocorre normalmente, eles não foram somente fichados pelo Juizado Especial Criminal (Jecrim) como também encaminhados para o Complexo Penitenciário de Bangu, onde responderão por crime de formação de quadrilha além de outros artigos previstos no Estatuto do Torcedor.

Deste montante, praticamente a metade já possui antecedentes criminais e 19 são menores de idade, fato que fez com que fossem transferidos à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. Um dos presos esteve envolvido na barbárie de Joinville (SC), no jogo entre Vasco e Atlético-PR, em dezembro de 2013.

A maioria das prisões foi efetuada antes da partida, quando uma pancadaria generalizada, com direito a paus, pedras e morteiros, aconteceu nas imediações da estação de trem do bairro do Méier, que fica próxima ao Engenhão.  Ela envolveu organizadas do Cruzmaltino e do Tricolor.

Uma outra remessa de detidos se deu em função de mais uma briga entre integrantes da “Força Jovem do Vasco”, torcida que atravessa um racha interno, com os grupos se enfrentando jogo a jogo.

Recentemente, o presidente do clube, Eurico Miranda, emitiu uma nota oficial deixando claro que não apoiará a organizada enquanto ela estiver suspensa dos estádios brasileiros pelo Ministério Público. A pena vai até o fim de junho de 2015.

Nesta segunda-feira, o clube emitiu um novo comunicando reafirmando seu posicionamento:

"O Club de Regatas Vasco da Gama reafirma que não tem nenhuma relação e não reconhece a torcida Força Jovem enquanto esta estiver suspensa por decisão judicial e envolvida em conflitos internos.

O Club de Regatas Vasco da Gama avalia que o reconhecimento atual da facção por parte das autoridades policiais do Estado, inclusive promovendo reuniões, não contribui para resolver os problemas já conhecidos .

A Diretoria" 

Ao UOL Esporte, o tenente-coronel João Fiorentini, comandante do Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios), já chegou a declarar que teme não ser possível controlar um possível conflito generalizado nas próximas partidas do Cruzmaltino.

Especialista em segurança pública, Rodrigo Pimentel declarou no programa “RJTV”, da Rede Globo,  que os 118 detidos no Fluminense x Vasco representam o maior número de prisões em um jogo na história do futebol brasileiro.