Torcida do Vasco compra briga com Maracanã após dilúvio em clássico
Ao que parece, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, ganhou um aliado de peso em sua batalha contra o consórcio que administra o Maracanã: os próprios torcedores do clube. Após o dilúvio que alagou o gramado do estádio no clássico diante do Flamengo, no último domingo, e que paralisou a partida por cerca de 50 minutos, os cruzmaltinos não esconderam a revolta com o “Maior do Mundo”.
Assim que o jogo foi interrompido, um coro em alto e bom som deixou claro o posicionamento dos vascaínos: “estádio de m...!”, xingavam. Em seguida, São Januário, que é a casa do clube, foi enaltecido, e um recado direto aos administradores do Maracanã foi dado: “Ei, consórcio, vai tomar...”.
Se o sistema de escoamento de água no gramado funcionou de maneira rápida, fazendo com que o duelo fosse reiniciado, nas redes sociais, muitos torcedores se queixaram dos imprevistos fora das “quatro linhas”.
Segundo relatos, mesmo com a cobertura, grande parte da torcida não conseguiu se proteger da chuva fruto do vento que a trouxe entre as frechas criadas para circular ar dentro do estádio. Os corredores do anel de acesso à arquibancada também apresentaram alagamentos, o que dificultou a locomoção das pessoas.
As ruas que dão acesso ao Maracanã ficaram inundadas e muitos deixaram o local durante o jogo preocupados com os automóveis estacionados do lado de fora.
No segundo tempo, o placar e o sistema de som anunciaram que os 51.085 pagantes e 56.020 presentes haviam sido o recorde de público na temporada, mas nem isso animou os vascaínos, que automaticamente ensaiaram uma grande vaia.
As consequências do dilúvio ainda foram vistas também no setor destinado à imprensa. O principal auditório de coletiva ficou alagado, fazendo com que as entrevistas dos treinadores acontecessem em salas menores. O corredor de acesso dos fotógrafos ao campo também ficou inacessível.
A reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 custou mais de R$ 1 bilhão.
Vasco briga contra condições e lado da torcida
A briga do presidente Eurico Miranda se iniciou em função das taxas estabelecidas para a realização dos jogos no Maracanã e as condições colocadas ao Vasco para atuar no estádio. Na avaliação do dirigente, o Cruzmaltino tem, por lei estabelecida no edital de licitação, o direito de possuir situações igualitárias em relação aos outros clubes considerados grandes, incluindo Flamengo e Fluminense, que têm contrato com os administradores.
Outro ponto questionado pelo cartola é o lado em que sua torcida deve se posicionar no clássico com o Tricolor. Eurico se baseia no fato do Vasco ter escolhido o setor à direita das cabines de rádio por ter sido o primeiro campeão carioca no estádio, em 1950. O Fluminense, por sua vez, não abre mão de sua condição alegando possuir o documento de vínculo, firmado em 2013.
O impasse fez com que o duelo válido pela Taça Guanabara deste ano fosse transferido para o Engenhão, quando o Cruzmaltino venceu por 1 a 0.
Também por não concordarem com as taxas, Vasco e Botafogo aceitaram nesta segunda-feira alterar o local da partida entre eles, que acontecerá no próximo domingo, do Maracanã para a casa do Alvinegro, rebatizada de “Nilton Santos”.
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