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Carioca - 2019

Drubscky vê Flu ainda com 'cara de Cristóvão' e diz que time fará barulho

O treinador Ricardo Drubscky diz ainda não ver sua cara no Fluminense - NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.
O treinador Ricardo Drubscky diz ainda não ver sua cara no Fluminense Imagem: NELSON PEREZ/FLUMINENSE F.C.

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

26/03/2015 22h46

A vitória por 3 a 0 no Maracanã sobre a Cabofriense na noite desta quinta-feira trouxe um pouco mais de paz para o treinador Ricardo Drubscky em sua estreia pelo Fluminense, mas o técnico ainda não está satisfeito. Para o comandante, o time se apresentou pela 12ª rodada do Campeonato Carioca ainda com o perfil de seu antecessor Cristóvão Borges, já que ele teve pouco tempo para implementar seu estilo na forma de atuar.

“Eu acho que o Fluminense ainda teve muito pouco daquilo que a gente quer, gosta, mas tem coisas boas sendo feitas. É um período de adaptação. Tem um pouco da minha participação no treino, na palestra, no contato pessoal com os jogadores. Tem um pouco meu, mas, sem duvida nenhuma, é uma equipe ainda com a cara do Cristóvão. Fiz mais representar o técnico atual. Aos poucos vamos acrescentar outras coisas e ideias do que achamos que tem que ser o futebol”, explicou o treinador, que elogiou o trabalho do antecessor.

“O time que vi do Cristóvão é um time de muita volúpia, organização, um time interessante. Diria que se for igual ao do ano passado, será uma grande coisa. Não sei se vai ser muito diferente do que ele vinha fazendo, não acompanhava o dia a dia. Vamos mudar um detalhezinho ou outro de posicionamento. Essas coisas incrementam a maneira de jogar, mesmo com os mesmos jogadores. O jogo é igual, mas cada treinador tem um tempero diferente”, complementou.

O novo treinador do Fluminense também comentou a rejeição inicial da torcida ao seu nome, o que gerou até mesmo um protesto de cerca de 10 torcedores antes mesmo de seu primeiro treino nas Laranjeiras, na última terça. Drubscky disse ter recebido apoio de outros tricolores, e prometeu que o time ainda mostrará um bom futebol.

“Não vi a dimensão disso, de rejeição. Logico que fiquei sabendo, pela mídia, de que a torcida estava rejeitando. Conheço tricolores que me ligaram e falaram que tem uma turma que não gosta de ninguém, ganhando ou perdendo. Na beira do campo não ouvi nada em particular. Quando vi o campo vazio, achei que ouviria palavrões, mas não ouvi, vi torcedores apoiando. Espero que esse assunto vá se dissipando com o passar do tempo porque o Drubscky sabe trabalhar, é sério. Vivo de futebol há 32 anos, não vivo de conchavo. Se tiver espaço tenho certeza que farei esse tricolor fazer barulho”, prometeu o treinador.

Drubscky, entretanto, reconheceu que este foi apenas o começo de sua trajetória pela conquista da confiança da torcida do Fluminense, que esteve em pequeno número no Maracanã nesta quinta.

“O primeiro passo foi. Dizer que foi o suficiente para cativar o torcedor, não acho. Não achei uma maravilha também. Pressionamos, dominamos e não sofremos perigo de gol, isso tudo a nosso favor. Taticamente a equipe apresentou coisas boas, mas não é o jogo que quero. Se fosse torcedor não falaria isso, que tá tudo bem por causa desse jogo. Mas tenho certeza que com o tempo melhoraremos a qualidade do jogo e teremos a combinação para que o torcedor compareça ao estádio”, encerrou o treinador.

Com a vitória, o Fluminense volta a se aproximar do G4 do Campeonato Carioca. O Tricolor segue na quinta posição na qual começou a rodada, mas chegou aos 25 pontos, dois a menos que o Madureira, quarto lugar, que empatou com o Bonsucesso na última quarta. A Cabofriense, por sua vez, segue perto da zona da degola, com oito pontos, dois a mais que o 15º colocado, o Boavista.

Com a possibilidade de finalmente voltar à zona de classificação às semifinais do Carioca, o Fluminense volta a campo no próximo domingo, às 18h30, contra o Barra Mansa, em Macaé, pela 13ª rodada. Já a Cabofriense recebe o Nova Iguaçu, às 16h do mesmo dia, no Correão.