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Carioca - 2019

Luxa mantém posição contra Ferj após punição: 'A ditadura acabou'

Vanderlei Luxemburgo comandou o Flamengo na vitória por 2 a 1 sobre o Bangu - Gilvan de Souza/ Flamengo
Vanderlei Luxemburgo comandou o Flamengo na vitória por 2 a 1 sobre o Bangu Imagem: Gilvan de Souza/ Flamengo

Do UOL, no Rio de Janeiro

26/03/2015 00h43

O técnico Vanderlei Luxemburgo falou sobre a punição aplicada pelo TJD-RJ (Tribunal de Justiça Desportiva) por criticar a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) durante a entrevista coletiva na véspera da vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Bangu, nesta quarta-feira, no Maracanã. Chateado, o comandante rubro-negro manteve a posição e rebateu as acusações.

“Não tiro uma vírgula do que falei. Eu queria que vocês [jornalistas] me mostrassem o que é dar porrada na federação. Vou bater na parede e quebrar a mão se fizer isso. Foi uma interpretação tendenciosa. Isso quer dizer criticar o procedimento e discutir temas. A ditadura acabou. A constituição brasileira mostra isso aí bastante”, afirmou.

“Não mandei dar porrada em ninguém. Não foi nada contra alguém da federação. Falei no sentido figurado de criticar e cobrar. Quem está em cargo sabe que as criticas vão chegar. Vou continuar falando o que acho possível para colaborar com a profissão. Quando falei em porrada devem ter pensado que iria quebrar a mão ou testar a parede de lá. Se pegarem tudo o que falarmos e interpretarem pelo dicionário, estamos roubados. É a linguagem do futebol que utilizo há anos”, completou.

Luxa só pôde comandar o Flamengo por conta de uma liminar obtida pelo departamento jurídico no começo da noite. Ele está livre para trabalhar até o julgamento, marcado para segunda-feira (30).

“É duro você ir para um tribunal por uma coisa que não fez. Estava com um check-up programado em São Paulo. Dei folga para os jogadores no domingo e na segunda. Vou ao tribunal agora. Mas tenho que dar os parabéns ao departamento jurídico do Flamengo, que brigou para um funcionário ter o direito de trabalhar”, completou o técnico.

“O Flamengo vai recorrer em todas as oportunidades nas quais se sentir prejudicado. Fomos surpreendidos com a notícia e não houve qualquer tipo de violência. Entendemos que houve uma distorção do que foi falado. Isso que endossamos”, encerrou o vice-presidente de futebol, Alexandre Wrobel.