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Cheque "calção" e micareta: Fla x Vasco tem duelo de laterais dos causos

Madson e Rodinei são conhecidos pela irreverência em Vasco e Flamengo - Bruno Braz / Gilvan de Souza
Madson e Rodinei são conhecidos pela irreverência em Vasco e Flamengo Imagem: Bruno Braz / Gilvan de Souza

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

29/03/2016 06h00

O clássico desta quarta no estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF), colocará frente a frente os laterais direitos Rodinei, do Flamengo, e Madson, do Vasco. Além de serem destaques em suas equipes, eles chamam a atenção por serem bons de papo e estarem sempre arrancando risadas dos companheiros.

Entre as histórias prediletas contadas pelos próprios, há desde um inglês “Joel Santana” adotado por Rodinei em viagem aos Estados Unidos à micareta em Itacaré de Madson, frequentada por um “morto muito louco”.

Veja abaixo os “causos” dos “reis da resenha” no Ninho do Urubu e em São Januário:

MICARETA EM ITACARÉ

Está é uma das histórias que mais diverte os boleiros vascaínos. De acordo com Madson, o autor original do relato é o atacante Itacaré, que jogou com ele no Bahia e que, segundo o próprio lateral, “contava muita mentira”.

“Ele disse que em Itacaré a micareta dá tanta gente, mas tanta gente, que um dia um cara tomou uma facada, morreu, e ficou três dias em pé, se debatendo nos outros, sem cair no chão (risos). Aí eu conto isso para os caras, eles se acabam de rir. Ele é um jogador folclórico e muito engraçado (risos)”, disse ao UOL Esporte.

MY NAME IS RODINEI

Empolgado com sua primeira viagem aos Estados Unidos, onde participaria de um amistoso atuando pela Ponte Preta contra o Orlando City (EUA), Rodinei não se furtou em demonstrar seu inglês limitado. Arrancando risadas dos companheiros, ele já no embarque soltava seu conhecimento:

“Treinei algumas coisas. "What's your name? My name is Rodinei" (Qual o seu nome? Meu nome é Rodinei). Isso aí está treinadinho”, disse à EPTV, para depois emendar: “"How are you?" (Como você está?) Nem eu sei o que eu estou falando (risos)”.

Já em solo americano, mobilizou três funcionários americanos para conseguir sacar dinheiro. O resultado foi fruto de muita mímica e o cartão de crédito em mãos.

“Brasileiro é assim, na malandragem. Não sei falar inglês, mas está aí, estou com o dinheiro agora”, tirou onda.

CHEQUE “CALÇÃO”

Ainda dando seus primeiros passos como profissional do Bahia, Madson se viu diante da primeira oportunidade de alugar um apartamento. Com o corretor, acabou conhecendo a expressão “cheque caução”, que funciona como garantia de que você irá pagar por algo que usou, comprou ou alugou.

“"Pois é, rapaz. Os meninos gostam de brincar comigo, me zoar. Aconteceu. Eu tinha 18 para 19 anos. Fui alugar um apartamento, aí o corretor perguntou: 'fiador ou caução?'. Eu não sabia o que era fiador, ele sabia que eu jogava no Bahia, e então eu falei: 'Calção, depois trago o calção aí', pensando que era um short. Mas ainda bem que não cheguei a levar o short do Bahia. Antes de levar, descobri o que era e acabei não fechando o contrato. O rapaz ficou 'P da vida' comigo, mas acontece. É bom que aprendi e não erro mais isso (risos)".

“O NEGUINHO CORRE”

Em uma das divertidas entrevistas coletivas de Rodinei já pelo Flamengo, ele surpreendeu ao revelar o que o técnico Muricy Ramalho havia orientado no que se refere à sua utilização em campo.

“"Bota na frente que o neguinho corre. É isso que ele está pedindo para mim no primeiro momento (risos). Ele também pede para fechar a linha de quatro".

APELIDOS

O feitiço, de vez em quando, também se volta contra o feiticeiro. Acostumados a brincar com os companheiros, Rodinei e Madson também têm seus apelidos. O rubro-negro ganhou o seu ainda em sua passagem pelo Corinthians. De maneira quase que inocente no meio de estrelas como Guerrero e Alexandre Pato, pediu: “Toca a bola para mim. Eu sou bom de bola”. Não deu outra: sua alcunha virou “bom de bola”.

Já o apelido de Madson tem uma explicação mais óbvia. De biótipo magro, ele é chamado pelos amigos de Vasco de “canelinha”.