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Gre-Nal de 'primo rico' contra 'primo pobre' vale o mesmo: acertar a casa

Grêmio de Felipão não vence em casa há 3 jogos. Inter de Aguirre não empolgou ainda - Lucas Uebel/Divulgação Grêmio
Grêmio de Felipão não vence em casa há 3 jogos. Inter de Aguirre não empolgou ainda Imagem: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

01/03/2015 10h01

O clássico entre Internacional e Grêmio expõe duas realidades totalmente opostas neste começo de ano. Se no Beira-Rio os investimentos são altos, na Arena o aporte financeiro é minguado. A diferença da folha salarial dos rivais é de quase R$ 8 milhões e cria um confronto que poderia ser do clássico esquete de humor “Primo Pobre e do Primo Rico”. Mas no final das contas, os dois lados procuram o mesmo objetivo: organizar o time e ganhar moral.

Os mais de R$ 15 milhões investidos pelo Inter em reforços não garantiram um começo arrasador na temporada. Com sete novos jogadores, o Colorado pena para encontrar uma formação ideal justamente pela variedade de opções. E também em virtude de Diego Aguirre, que chegou sem conhecer o elenco.

No Grêmio Felipão igualmente pode dizer que não conhece mais o grupo, pois perdeu 13 jogadores desde dezembro. E acumula três partidas sem vencer na Arena, um modestíssimo oitavo lugar na classificação do estadual e muitas dúvidas sobre a qualidade técnica e profundidade do elenco que só ganhou quatro reforços – todos sem pompa.

Criado primeiro para o rádio, na década de 1950, o quadro de humor ‘Primo Pobre e Primo Rico’ fez sucesso também na TV com Paulo Gracindo e Brandão Filho. O roteiro apresentava a diferença abismal entre a vida do familiar bem sucedido e o que flertava com a miséria. No Gre-Nal, o Grêmio luta contra as contas e o Inter esbanja sonhando com o tricampeonato da Libertadores.

Com D’Alessandro, Anderson, Alex, Nilton, Réver e companhia o Inter gasta cerca de R$ 12 milhões por mês. Com Douglas, Giuliano, Rhodolfo e uma leva expressiva de garotos da base o Grêmio desembolsa pouco menos de R$ 5 milhões/mês. A disparidade é contornada do jeito que dá nos dois lados.

“Neste momento, com a saída de jogadores e lesões, vamos alternar um pouco mais para baixo do que para cima. A torcida precisa saber. Mas clássico é clássico e não existe favorito. As duas equipes estão com 50% de chance”, disse Felipão. “Superioridade só se mostra no campo. Depois do jogo vamos ver quem foi superior, quem foi melhor. Se fala que o Grêmio não está bem, que o Inter não está bem. Mas no campo tudo fica igual”, concordou Paulão.