Topo

Aguirre chama surto de Fabrício de triste e pede calma ao Inter no caso

Do UOL, em Porto Alegre

01/04/2015 23h24

Diego Aguirre não condenou, mas também não absolveu Fabrício. Depois do lateral esquerdo ser suspenso pela direção e ter a rescisão de contrato cogitada, o técnico do Internacional pediu calma na resolução do caso. Nas palavras do uruguaio, o episódio onde o jogador discute e faz gestos obscenos para torcida – além de jogar a camisa do Colorado no chão, foi triste.

“Eu vou falar somente uma vez sobre o tema Fabrício, não quero falar somente sobre isso. Logicamente foi uma coisa triste e feia, uma coisa que não pode acontecer. Mas também não é a primeira vez que acontece uma coisa assim, vocês que conhecem a história do futebol sabem. Ele é um bom jogador, um cara bastante sensível às críticas. Não justifico nada, não é uma desculpa para o que aconteceu”, disse Aguirre.

Fabrício surtou aos 17 minutos do segundo tempo. Com a bola dominada na intermediária, ele desistiu de seguir a jogada e foi para beira do campo bater boca com torcedores. Fez gestos obscenos, foi expulso e jogou a camisa do Inter no chão. Antes de entrar no vestiário, voltou a xingar o público e disse que deixará o Colorado: “Eu vou embora! Eu vou embora. Tomar no c...”, gritou.

“Ele tem coisas complicadas no nível pessoal. Às vezes acontecem essas coisas. Estou muito triste por isso. Estamos todos tristes. Acho que são coisas inesperadas, que não se imagina que podem ocorrer. Agora tenho que tentar proteger a pessoa, o meu jogador. É preciso calma, deixar passar as horas e ver o que vai acontecer”, comentou.

A relação de Fabrício com a torcida do Internacional nunca foi das melhores. Contratado em 2011, ele virou titular no ano seguinte diante das lesões constantes de Kleber e não saiu mais da equipe. De 2013 para cá, foi vaiado várias vezes e perseguido por falhas e erros técnicos. Suspenso até segunda-feira, ele treinará separado e pode ser negociado ou ter o contrato rescindido.

Veja o piti de Fabrício e as críticas do presidente do Inter