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Inter cede empate em jogo com 43 min de intervalo e deixa semifinal aberta

Inter de Jorge Henrique (foto) levou gol de pênalti em segundo tempo de pressão  - Alexandre Lops/AI Inter
Inter de Jorge Henrique (foto) levou gol de pênalti em segundo tempo de pressão Imagem: Alexandre Lops/AI Inter

Do UOL, em Porto Alegre

11/04/2015 18h22

O Internacional apenas empatou o jogo de ida da semifinal do Campeonato Gaúcho. Neste sábado (11), o Colorado saiu na frente com Rafael Moura, mas na etapa final sucumbiu à pressão do Brasil de Pelotas e viu a equipe do interior marcar, de pênalti, com Forster. O jogo no estádio Aldo Dapuzzo, na cidade de Rio Grande, ainda foi marcado pela confusão das arquibancadas que gerou um intervalo de 43 minutos.

Os dois times voltam a se encontrar no final de semana que vem, no Beira-Rio. Com o gol marcado fora de casa, o time dirigido por Diego Aguirre pode garantir vaga na final até com o empate sem gols.

Sem Juan, D'Alessandro, Sasha e Nilmar, a atuação do Colorado não foi das melhores, mas no primeiro tempo mereceu o gol – o primeiro de Rafael Moura na temporada. Depois das cenas de briga entre torcedores do Brasil de Pelotas, a equipe de Rogério Zimermann criou mais chances e arrancou o empate no sufoco.

Fases do jogo: O Inter demorou para se encontrar em campo, reflexo da marcação alta do Brasil de Pelotas e da proposta de começar elétrico o jogo. Nena e Alex Amado criaram duas boas chances nos primeiros 20 minutos, mas depois sumiram. Os mandantes passaram a pressionar a arbitragem e reduziram a criação de jogadas – mesmo com a vantagem inicial nos confrontos contra a defesa do Colorado.

Faltas ríspidas de lado a lado, empurrões e bate-boca. Primeiro Alex e Nena. Depois Cirilo com Jorge Henrique. Quem agradeceu foi o Inter, que escapou da blitz inicial e foi ganhando campo e moral. Nilton cobrou falta com força e obrigou Martini a fazer uma defesa com o peito. Depois Valdívia acertou a trave direita. Alex, em chute de fora da área, também forçou o goleiro do Brasil a trabalhar. Aos 47, em cobrança de falta da lateral direita Valdívia botou na área e Rafael Moura ficou livre. Com espaço, o centroavante cabeceou e abriu o placar.

No intervalo a torcida do Brasil de Pelotas protagonizou cenas de vandalismo. Após trocar xingamentos e arremesso de pedras com torcedores do Inter, depredou o estádio do São Paulo-RS e usou tijolos e barras de ferro contra a Brigada Militar. A polícia lançou mão do gás de pimenta e deixou pelo menos duas pessoas feridas. A confusão retardou em 43 minutos o reinício da partida.

Na etapa final, o Brasil voltou mais agudo e com menos de cinco minutos criou duas grandes chances. Primeiro com Diogo Oliveira, que só não empatou por conta de uma grande defesa de Alisson. Depois foi a vez de Gustavo Papa, colocado na vaga de Nena, acertar o travessão. Neste lance, Cirilo caiu na área e pediu pênalti. Não levou e ainda recebeu amarelo. Só que a pressão Xavante rendeu prêmio aos 36. No primeiro momento Alan Costa desviou com a mão, mas o árbitro Anderson Daronco não deu pênalti. No escanteio, Diogo Oliveira foi derrubado por Geferson e aí sim. Na cobrança, Forster encheu o pé e mandou um chutaço no ângulo direito. Sem chance para Alisson.

O melhor: Valdívia - meia cobrou a falta que deu origem ao gol do Inter e teve boa movimentação no primeiro tempo. Cavando escanteios, procurando brechas na defesa do Brasil de Pelotas. Diogo Oliveira - camisa 10 do Xavante finalizou com muito perigo da etapa final e distribuiu o jogo para os mandantes.

O pior: Jorge Henrique - perdido na linha de três meias, o camisa 23 não criou nada e ainda se envolveu em confusão com Cirilo. Nena - de um começo promissor, com boas jogadas combinadas, o centroavante foi para o descontrole em rusga com Alex. E foi sacado no intervalo.

Toque dos técnicos: Diego Aguirre e Rogério Zimermann usaram o mesmo esquema para o jogo de ida da semifinal: 4-2-3-1. A marcação pressão do Brasil de Pelotas funcionou só nos primeiros minutos e deixou a defesa do Inter em risco. Mas o ritmo caiu e a qualidade técnica do Colorado apareceu. No segundo tempo o Inter parou de jogar e sucumbiu diante da disposição total da equipe mandante.

Para lembrar: Com o atraso no recomeço do segundo tempo, o final do jogo foi com pouca luz. Os refletores não foram ligados em virtude da falta de gerador.

FICHA TÉCNICA
BRASIL DE PELOTAS 1 X 1 INTERNACIONAL

Data: 11/04/2015 (sábado)
Local: estádio Aldo Dapuzzo, em Rio Grande (RS)
Árbitro: Anderson Daronco
Auxiliares: Alexandre Kleiniche e Leirson Peng Martins
Cartões amarelos: Wender, Nena, Leandro Leite, Cirilo, Brock (BRA); Alex, Nilton (INT)
Gols: Rafael Moura, aos 47 minutos do primeiro tempo; Forster, aos 36 minutos do segundo tempo

BRASIL DE PELOTAS: Eduardo Martini; Wender, Cirilo, Brock e Forster; Leandro Leite, Nunes, Diogo Oliveira e Felipe Garcia (Galiardo); Alex Amado e Nena (Gustavo Papa)
Técnico: Rogério Zimermann

INTERNACIONAL: Alisson; Ernando, Alan Costa, Réver e Alan Ruschel; Nico Freitas, Nilton, Jorge Henrique, Alex (Geferson) e Valdívia (Anderson); Rafael Moura (Lisandro López)
Técnico: Diego Aguirre