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Gre-Nal decisivo revive 2006 e gol qualificado pode ser protagonista

Nove anos atrás, Inter perdeu título para o Grêmio dentro do Beira-Rio pelo saldo - Divulgação/Internacional
Nove anos atrás, Inter perdeu título para o Grêmio dentro do Beira-Rio pelo saldo Imagem: Divulgação/Internacional

Jeremias Wernek e Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

28/04/2015 06h00

Grêmio e Internacional voltaram no tempo e passaram a reviver a final de 2006 do Gauchão depois do empate sem gols na Arena, no domingo. Nove anos atrás, o estadual também teve confronto direto e na primeira partida o placar ficou fechado. A lembrança daquele episódio dá esperança para um lado e cria tensão do outro. O gol qualificado, que tornou Pedro Júnior herói naquela temporada, pode ser protagonista de novo.

Na decisão de 2006, Mano Menezes treinava o Grêmio e Abel Braga orientava o Inter. No Olímpico, os donos da casa surpreenderam com a presença de Alessandro (lateral capitão no título mundial do Corinthians, em 2012) no meio-campo. Arrancaram o empate sem gols e celebraram o fato. O Colorado tinha a plena convicção de quem tinha vantagem.

No Beira-Rio, o Inter abriu o placar com Fernandão e ficou perto do quinto título seguido. Mas Pedro Júnior, em um lance pelo alto, desviou de nuca e empatou faltando 10 minutos para o fim. O gol reverteu todo o quadro e transformou aquela final em histórica pela conquista no saldo qualificado.

“É parecido, sim. Empatamos sem gols em casa, e conseguimos conquistar o título. Sabemos que hoje a situação é diferente, os times são diferentes, mas temos condições de fazer o resultado lá no Beira-Rio e conquistar este título”, comentou Marcelo Grohe, goleiro naqueles clássicos e titular absoluto agora. “Mudou tudo aqui. Grupo, pessoas, profissionais... Mas temos condições de vencer lá”, completou.

Se Grohe é o único remanescente daquele título no Grêmio, Alex equilibra as coisas com o mesmo posto do lado do Inter. A derrota dentro de casa, com gosto amargo no Gauchão, é rebatida desde então pelo título da Libertadores que viria quatro meses mais tarde.

“Se acontecer o que aconteceu naquele ano todo, fecho agora contigo (risos). Mas claro, o regulamento mostra que o empate não é ruim, mas sem gols não é muito bom”, brincou Alisson, goleiro do Inter, lembrando a conquista da América de 2006. “O Alex está no grupo, isso é uma vantagem. Nosso time é cascudo, já ganhou títulos e tem gente que jogou na Europa. Vamos saber lidar bem com essa situação”, acrescentou.

Internacional e Grêmio voltam a se enfrentar no próximo domingo, no Beira-Rio. Como o placar ficou fechado na Arena, qualquer empate com um ou mais gols dá ao tricolor um novo título por critério de desempate dentro da casa do rival. Ao Colorado cabe a mesma missão de 2006, que acabou não sendo cumprida. Os dois lados revivem 2006 e sonham, cada um, com o final que lhe convém.