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Presidente do Grêmio diz que agressão a Bolaños foi proposital: "Criminosa"

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

06/03/2016 21h12

Romildo Bolzan Júnior falou forte sobre o lance que resultou na fratura do maxilar de Miller Bolaños. Segundo o presidente do Grêmio, William acertou o jogador gremista de propósito e de forma criminosa. O mandatário aproveitou para enumerar reclamações sobre a arbitragem. 

"Luan sofreu um pênalti, não foi marcado. O Bolaños terá que se operar e mais que isso, não sabemos o tempo de recuperação. O investimento mais caro do Grêmio. Por conta disso chamamos atenção para as arbitragens. Este lance não foi visto pelo árbitro. O quanto criminoso foi o lance. O quanto criminoso foi o lance, de propósito. Com a mão estendida, cotovelo no rosto do jogador. E a arbitragem não viu. E é assim que se decide um jogo. Por iso que é melhor arbitragem de fora", disse Romildo. 
 
O lance ocorreu no primeiro tempo. William foi proteger a bola, abriu os braços, acertou Bolaños no rosto. O equatoriano seguiu no jogo, mas não suportou. Saiu no intervalo e foi direto para o hospital. Realizou exames que confirmaram duas fraturas no rosto e a necessidade de cirurgia, que será realizada na próxima quarta-feira. Ele custou R$ 19,4 milhões ao clube. 
 
Durante a semana, a arbitragem foi motivo de polêmica. O Grêmio queria juiz de outro Estado, a Federação Gaúcha de Futebol não aceitou pedido por considerar que o duelo valia pelo Gauchão. E a rixa, que já era antiga, ficou ainda mais forte. Agora, com a agressão de William (que nem recebeu cartão amarelo no lance) o quadro fica ainda mais forte. 
 
"Está feito, vamos admitir que seja involuntário, e não foi. Fique atentamente olhando, bote em câmera lenta, olhem que o cotovelo sai em direção ao rosto. Examine o lance e depois tire suas conclusões", seguiu Romildo. "Na hora que tem que acontecer, dos lances capitais, o que acontece? Isso. Um lance que nem teve cartão para o jogador do Internacional", seguiu.
 
Em campo, Grêmio e Inter empataram em 0 a 0. O jogo valeu pela Primeira Liga e pelo Gauchão. Bolaños perderá dois jogos pela Libertadores e mais três, ao menos, pelo Estadual, voltando só em abril.