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Capitão do Grêmio explica silêncio após eliminação: "Cabeça quente"

Maicon só deu entrevistas um dia depois da eliminação do Grêmio, nesta segunda - Marinho Saldanha/UOL
Maicon só deu entrevistas um dia depois da eliminação do Grêmio, nesta segunda Imagem: Marinho Saldanha/UOL

Do UOL, em Porto Alegre

25/04/2016 18h59

Maicon, na condição de capitão do time do Grêmio, não deu explicação alguma após a eliminação do clube no Campeonato Gaúcho. Coube a Marcelo Grohe - como de costume - explicar o infortúnio. Um dia depois o volante foi aos microfones e disse que preferiu não se manifestar porque estava de cabeça quente. 

"Eu sempre dou a cara para bater, independente de ganhar ou perder. Quando ganhamos do Brasil de Pelotas por 4 a 1, fui questionado que o adversário não tinha oferecido resistência. Depois do 1 a 0 sobre o Toluca, que não fizemos um jogo bom. Sou o capitão, falei outras duzentas vezes. E sempre questionado sobre a equipe não ser tão boa. Estávamos sem perder há 13 jogos, queria ver quem tava assim no Brasil, tirando o Vasco que joga a Série B. Às vezes por questões de jogo, por estar de cabeça quente, eu opto por não falar. Foi o que aconteceu. Outras vezes me aconselharam a não falar. Não é birra ou nada, é para poder analisar com a cabeça fria", disse o marcador. 
 
Grohe foi o único jogador do Tricolor a conceder entrevistas depois da queda para o Juventude. Em poucas palavras, pregou o aprendizado com a eliminação e a necessidade de dar atenção imediatamente à Libertadores. 
 
Maicon tratou de minimizar o jejum de títulos. Serão seis anos sem conquista estadual, igualando marca de 42 anos. Além da Arena jamais ter recebido uma conquista gremista. 
 
"É complicado por se tratar de um clube gigante como o Grêmio. Mas a gente que chegou agora não pode carregar o peso de 15 anos sem conquista. O objetivo era ser campeão, todos têm o mesmo pensamento no grupo, aqui não tem vaidade. Mas por estar todo este tempo sem ganhar, acabamos tendo uma pressão muito grande. Estamos fazendo um trabalho muito bom com o Roger [Machado, técnico]. Vamos colher o que estamos fazendo logo ali na frente. Ano passado, quando ninguém acreditava, conseguimos a vaga na Libertadores. Mas o ano é outro, hoje a torcida não vai se contentar mais com a vaga na Libertadores e ficamos fora da final do Gaúcho. A pressão vai ficando ainda maior. Mas temos que encarar de frente, ir jogo a jogo. Temos um ano inteiro pela frente", explicou. 
 
O Grêmio trabalha para o primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores. Na quarta-feira às 21h45 (horário de Brasília) terá pela frente o Rosario Central, da Argentina, na Arena.