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Lanterna ou título? Grêmio divide extremos no início da temporada

Renato Gaúcho vê Grêmio em último no Gauchão e disputando um título internacional - Lucas Uebel/Grêmio
Renato Gaúcho vê Grêmio em último no Gauchão e disputando um título internacional Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

20/02/2018 04h00

O copo pode estar bem cheio ou bem vazio no Grêmio. Por um lado, o atual campeão da Libertadores encara o Independiente nesta quarta-feira, em casa, e depende apenas de uma vitória para conquistar o terceiro título seguido. Por outro, é lanterna no Campeonato Gaúcho e precisa imediatamente de pontos para evitar o rebaixamento à divisão de acesso.

A temporada de extremos tem justificativa exatamente no ano passado. O Tricolor foi ao Mundial de Clubes e se obrigou a começar o Campeonato Gaúcho com o time B, chamado de 'transição'.

Repleto de garotos da base e jogadores pouco aproveitados, a equipe entregou para o principal na quinta rodada - antes do programado - pelo mau rendimento. Conquistou um ponto em quatro partidas, 12 disputados.

E quando o principal entrou, ainda precisava passar pelo processo de recondicionamento físico e ganho de ritmo de jogo. Ainda 'presos' pela pré-temporada, os campeões da Libertadores perderam na estreia, para o Cruzeiro-RS. Em seguida bateram o Brasil de Pelotas, mas os reservas voltaram contra o Veranópolis e veio nova derrota.

"A gente sabe que as consequências vêm. O grupo voltou no meio de janeiro a fazer, três dias depois da metade para pré-temporada. A equipe principal fez três partidas. Ao mesmo tempo isso dá motivação a mais, um título importante e o clube pode se tornar bicampeão. Pode dar até um gás a mais", disse o meia Cícero.

Enquanto isso, o técnico Renato Gaúcho transparece otimismo total. Segundo ele, 'é mais fácil o mar secar' do que o Tricolor cair para Série B do Gauchão. O ex-camisa 7 ainda diz que sua equipe irá se classificar.

"Eu cheguei em outubro do ano passado, o grupo mudou muito pouco e uma das coisas que me impressionou é que o grupo é muito fechado. Sabemos que temos plenas condições de dar a volta por cima. Na derrota e na vitória precisamos pensar positivo e estar com a autoestima lá em cima. É um grupo. A amizade é muito forte em todos nós e nunca vi o time para baixo", completou.

Em meio a isso, nesta quarta-feira, a equipe está focada no jogo de volta da Recopa. O adversário será o Independiente, na Arena.