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Yaya Toure cita origem africana como obstáculo e pede maior reconhecimento

Yaya Toure comanda o Manchester City e pede que os africanos sejam mais valorizados pela imprensa -  REUTERS/Phil Noble
Yaya Toure comanda o Manchester City e pede que os africanos sejam mais valorizados pela imprensa Imagem: REUTERS/Phil Noble

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/04/2014 09h25

Principal nome do Manchester City e presença garantida na Copa do Mundo pela Costa do Marfim, Yaya Toure pede maior reconhecimento pelas suas exibições nesta temporada. Os 22 gols pelo clube inglês o fizeram ser observado, mas o meia pede mais e cita a sua origem africana como obstáculo para ganhar prêmios individuais. Toure aponta que jogadores do continente são subvalorizados e cita exemplos do compatriota Didier Drogba e do camaronês Samuel Eto’o.

Sob o comando de Toure, o City briga pelo título do Campeonato Inglês. O marfinense afirma se importar com o reconhecimento dos torcedores, mas admite insatisfação pela pouca atenção dada pela imprensa a atletas africanos.

“Para ser honesto, o reconhecimento vem dos fãs. Não quero ser rígido ou negativo, mas quero ser honesto”, explicou Toure em entrevista ao canal BBC. “Se jogarmos bem e não tivermos reconhecimento da mídia, não chegaremos onde queremos estar”.

Ex-jogador do Barcelona, Touré lembra de jogadores como Xavi, Iniesta e Messi para assegurar que os africanos estão em desvantagem mesmo com desempenho parecido dentro de campo. Para o meia, os espanhóis são valorizados pelas características ofensivas e não são cobrados quando cometem erros defensivos. No entanto, há críticas quando ele tem equívocos desta natureza no City.

"Se você vai para qualquer lugar da África agora, o povo diz ‘sim, nós conhecemos ele (Messi)’. Mas quando se está na Europa dizem ‘Yaya Toure, quem é esse?’. Alguns conhecem meu nome, mas não meu rosto. Mas eles conhecem o rosto de Messi”, exemplifica o meia da Costa do Marfim.

“Tenho orgulho de ser africano e quero defender o povo africano. Quero mostrar que os jogadores africanos podem jogar tão bem quanto os europeus e os sul-americanos”, encerrou Toure, que está na briga para ser o melhor jogador do Inglês.