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Técnico escocês é investigado por homofobia, racismo e sexismo

Malky Mackay, ex-técnico do Cardiff, é acusado de preconceito em troca de mensagens - Xinhua/Jed Leicester/Action Images/ZUMAPRESS
Malky Mackay, ex-técnico do Cardiff, é acusado de preconceito em troca de mensagens Imagem: Xinhua/Jed Leicester/Action Images/ZUMAPRESS

Do UOL, em São Paulo

21/08/2014 07h50

O técnico escocês Malky Mackay está sendo investigado por conta de um escândalo de preconceito. A federação inglesa de futebol vai apurar denúncias de conduta homofóbica, racista e sexista por parte dele e de Iain Moody, com quem trabalhou em seus tempos de Cardiff.

O caso é baseado em trocas de mensagens de texto entre Mackay e Moody. O teor das conversas teria uma série de termos preconceituosos, falando de diversos jogadores e dirigentes e os atacando por conta de sua cor, religião e sexo.

Mackay foi técnico do Cardiff até 2013 e tinha Moody como o responsável por recrutar novos jogadores – Moody era diretor de futebol do Crystal Palace e renunciou ao cargo nesta quinta-feira.

A federação inglesa recebeu cartas com o teor das mensagens, depois de uma investigação encontrar os dados, como parte de outra apuração, por conta de oito transferências consideradas ilegais pelo Cardiff. Com ordem judicial, ambos tiveram telefones e computadores analisados.

O jornal Daily Mail publicou alguns trechos de conversas trocadas pelo técnico e o dirigente. Neles, o técnico chama um agente de gordo e diz: “nada como um judeu que vê o dinheiro escorrendo pelos dedos”.

Em outro momento, um dirigente é chamado de “homo” e “cobra gay”. Ao falar de uma empresária de jogador, mulher, ele faz piadas sobre sexo. E reclama de propostas por jogadores franceses por serem negros: diz que a agência que os ofereceu deveria chamar “All Blacks” (Todos negros) e afirma que “não há muitos rostos brancos, mas vale a pena considerar.”

Mackay foi demitido do Cardiff em 2013, e chegou a processar o clube. Há alguns meses, quando começaram as investigações, ele suspendeu o processo e pediu desculpas ao time publicamente – ainda antes deste caso de preconceito explodir na imprensa inglesa.