Corinthians supera traumas, curte momento histórico e tenta encerrar 'zoação' dos rivais
A Copa Libertadores sempre foi um trauma na vida do corintiano. Nas nove participações anteriores, o máximo que o time de Parque São Jorge atingiu foi a semifinal de 2000, quando perdeu para o Palmeiras. O fiasco maior ocorreu ano passado, na derrota para o Tolima na fase preliminar, vexame que não aconteceu com nenhum outro clube brasileiro.
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Agora, o Timão enfim chega à final do maior torneio da América. Pode ser campeão e encerrar a ‘zoação’ dos demais torcedores – a outra piada que os corintianos ouvem, da falta de estádio, está com os dias contados com a construção da arena em Itaquera, beneficiada pelos incentivos fiscais da prefeitura.
Diferentemente dos rivais, que ganharam a Libertadores graças a ídolos, como o Santos de Pelé e Neymar, o São Paulo de Raí e Rogério Ceni e o Palmeiras de Marcos, o time atual do Corinthians não tem nenhum craque. O que tem feito a diferença é o lado coletivo e a força do Pacaembu.
“Desde o começo do ano eu já dava entrevista dizendo que, depois do título brasileiro, sentia que esse grupo tinha energia pronta para a Libertadores. Se isso vai ser suficiente para o título, vai depender de nós colocarmos em prática. É um time sem nenhum super-craque para tirar um coelho da cartola e fazer algo inusitado. Se mantiver os pés no chão, pode conquistar esse título inédito”, opinou o meia Alex, campeão continental pelo Inter em 2006.
Apesar de faltarem duas partidas para o título, contra Boca Juniors ou Universidad de Chile, a euforia tomou conta do Pacaembu após o empate por 1 a 1 contra o Santos. Os jogadores falaram que ainda não ganharam nada, mas saborearam o momento histórico.
“São mais dois jogos, a gente ainda não sabe quem vai pegar, mas a marca desse grupo é ter muita raça para buscar esse título”, destacou Leandro Castán.
“O Corinthians mereceu classificar, foram 180 minutos extraordinários contra o time campeão da Liberta. Mereceu! É pouco para a história do Corinthians e para a ambição dos jogadores, mas que fique registrado por essa equipe e comisso técnica que o Corinthians tem”, enfatizou Tite, aumentando o tom da voz diante dos jornalistas.
E o sabor de eliminar o Santos de Neymar e Cia foi acrescido de outro ingrediente. Enquanto a bola rolava no Pacaembu, o São Paulo perdia para o Coritiba e está fora da Copa do Brasil.
"Eu vi o pessoal falando que a noite foi perfeita e perguntei o que aconteceu, aí me falaram que o são Paulo perdeu também. É um rival, uma rivalidade sadia, e parabéns ao Coritiba, que chegou à final", finalizou Castán.
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