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Libertadores - 2019

Organizadas do Corinthians falam em cercar estádios para jogos de portões fechados

Força das arquibancadas é marca tradicional do Corinthians e foi sucesso no Japão - Ricardo Nogueira/Folhapress
Força das arquibancadas é marca tradicional do Corinthians e foi sucesso no Japão Imagem: Ricardo Nogueira/Folhapress

Bruno Freitas

Do UOL, em São Paulo

22/02/2013 14h00

As principais torcidas organizadas do Corinthians prometem dar demonstração de força na reação contra a punição de jogos com portões fechados na Libertadores, imposta pela Conmebol em razão da morte de um torcedor boliviano na última quarta-feira. Os uniformizados admitem se articular para cercar o estádio para apoiar o time atual campeão do torneio.

A Conmebol anunciou na noite de quinta-feira que o Corinthians jogará seus jogos como mandante na Libertadores com portões fechados. Fora de casa, a torcida terá entrada vetada. A medida vale preventivamente por 60 dias, até que uma decisão final seja decretada.

O Corinthians foi punido em razão do suposto envolvimento de seus torcedores na morte do adolescente boliviano Kevin Beltrán Espada, atingido por um sinalizador que partiu do setor brasileiro da arquibancada, durante o empate entre o atual campeão e o San José por 1 a 1.  

"Não pode ser toda a Fiel que pague por uma fatalidade. É lamentável e estamos de luto. Se o Coringão realmente for punido, é um critério da Justiça, não dá para a gente palpitar. Mas vamos ver o que as torcidas vão decidir. A gente vai estar lá, dentro ou fora de campo, vamos dar um jeito", afirmou Diego Batista, diretor de arquibancada da Camisa 12, em contato com o UOL Esporte.

"Às vezes proibir é até pior. A gente sabe que a torcida do Corinthians coloca 36 mil dentro do Pacaembu. Lá fora cabem 200 mil, uma força bem maior. Eles vão ter que segurar", emenda o integrante da Camisa 12.

PRISÃO DE DIRETOR DA GAVIÕES VIRA TRUNFO PARA PRESSIONAR CULPADO

  • Reprodução/UOL

    A detenção de Tadeu Macedo Andrade, diretor financeiro da Gaviões, é trunfo da polícia boliviana. Ele é um dos primeiros na hierarquia. VEJA

A Pavilhão 9 afirmou que não pretende se manifestar sobre a punição até resolver a situação de seus integrantes detidos na Bolívia, suspeitos de envolvimento na morte de Kevin Espada. 

A reportagem também procurou ouvir a Gaviões da Fiel, maior torcida organizada do Corinthians, mas não conseguiu contato através da assessoria de imprensa da facção. Mas no perfil do Twitter, os uniformizados se manifestaram a respeito.

"Estamos aguardando o término das apurações da fatalidade do último jogo para nos posicionar da melhor forma Todos sabem qual é o nosso objetivo quando saímos da nossa casa: É unicamente ir aos estádios e apoiar o Corinthians durante os 90 minutos. As arquibancadas poderão estar vazias, mas a nossa voz eles ouvirão! Estaremos com o Corinthians em qualquer lugar", manifestou a Gaviões na web.

Nas mídias sociais também já começam a surgir movimentos de corintianos que falam em mobilização para acompanhar os jogos do Corinthians na Libertadores do lado de fora dos estádios.

O primeiro jogo do Corinthians em casa na Libertadores 2013 acontece já na próxima semana, na quarta-feira, diante do Millionarios da Colômbia.