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Libertadores - 2019

Corinthians entrega sua defesa para Conmebol e ignora entrada de torcedores no Pacaembu

Torcedores entraram por meio de uma liminar; clube ignorou assunto em sua defesa - Leandro Moraes/UOL
Torcedores entraram por meio de uma liminar; clube ignorou assunto em sua defesa Imagem: Leandro Moraes/UOL

Gustavo Franceschini

Do UOL, em São Paulo

28/02/2013 21h19

O Corinthians formulou sua defesa e já a enviou para a Conmebol nesta quinta-feira. O clube, que está sendo obrigado a atuar com portões fechados na Copa Libertadores, pede que o Tribunal da entidade se reúna o mais breve possível e pleiteia uma diminuição da pena.

O argumento alvinegro foi formulado na tarde desta quinta, em uma reunião no Parque São Jorge que reuniu o corpo de advogados do clube e alguns dirigentes. A discussão sobre quem foi o responsável pela entrada dos quatro torcedores que assistiram à partida contra o Millonarios, na última quarta, não foi incluída na defesa.

Após a vitória por 2 a 0, o delegado da Conmebol disse ao UOL Esporte que não autorizou a entrada dos quatro corintianos, que puderam entrar graças a uma liminar. O Corinthians, por sua vez, explica que foi a Polícia Militar quem cumpriu a ordem judicial, e que o clube fez questão de explicar tudo à entidade pouco antes do apito inicial.

A preocupação do Corinthians é que a Conmebol entenda que a ordem de “portões fechados” foi descumprida. Roberto de Andrade, diretor de futebol do clube, chegou a fazer um apelo público aos torcedores para que eles não apelem à Justiça, enquanto Mario Gobbi ligou para Nicolas Leóz, presidente da confederação, tentando evitar qualquer mal-entendido.

A despeito de toda essa preocupação, o tema não foi citado na defesa do Corinthians. Agora, o clube tem de aguardar que o Tribunal da Conmebol se reúna para decidir o mérito da questão.

O Corinthians foi punido pela responsabilidade objetiva (sem culpa), já que foram os seus torcedores que levaram o sinalizador de navio ao estádio Jesus Bermudez, em Oruro, no empate por 1 a 1 com o San Jose. O artefato causou a morte de Kevin Beltrán Espada, de 14 anos, mas o clube brasileiro não está sendo julgado pela tragédia, e sim pelo uso do sinalizador.

Na semana passada, o Tribunal da entidade se manifestou sobre o caso pela primeira vez, definindo que o Corinthians teria de jogar o torneio continental sem público em caráter liminar. O clube chegou a recorrer, mas viu seu pedido ser negado pela Câmara de Apelações e atuou diante de um Pacaembu quase vazio na última quarta.