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Libertadores - 2019

Bandeira que prejudicou Corinthians é filho de "árbitro algoz" do Palmeiras em 2001

Tite cumprimenta Rodney Aquino e Carlos Amarilla, logo após o empate no Pacaembu - Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians
Tite cumprimenta Rodney Aquino e Carlos Amarilla, logo após o empate no Pacaembu Imagem: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians

Do UOL, em São Paulo

16/05/2013 06h00

Bastante criticado por Tite e toda a diretoria do Corinthians, Rodney Aquino é filho de um velho conhecido dos torcedores brasileiros. Há 12 anos, o pai dele, Ubaldo Aquino, protagonizou uma das maiores polêmicas da história brasileira na Copa Libertadores ao prejudicar o Palmeiras diante do mesmo Boca Juniors, na semifinal daquele ano.

Aos 29 anos de idade, Rodney é assistente Fifa desde 2009 e foi escolhido para o posto por seu próprio pai. Desde 2007, Ubaldo Aquino é o diretor de árbitros da APF (Associação Paraguaia de Futebol) e o responsável pela escolha dos representantes de seu país no quadro internacional.

Na última quarta, Rodney Aquino se envolveu em uma grande polêmica. Foi ele quem anulou o gol legal de Romarinho, menos de um minuto antes de Riquelme marcar e decidir o confronto a favor dos argentinos no Pacaembu. Após o confronto, Tite foi duro ao falar da atuação de todo o trio, em especial do herdeiro de Ubaldo.

“É a primeira vez que fui cínico, mas fui muito cínico. Fui até o árbitro e os bandeiras e dei parabéns, apertei bem a mão deles, olhei lá dentro de cada um. O bandeira da minha frente então, bah [Rodney Aquino]. Fui muito cínico, falso. Botei meu lado podre para fora”, disse Tite, em entrevista coletiva.

Em 2001, Ubaldo Aquino transformou-se em inimigo número um do Palmeiras, que enfrentava o Boca Juniors na semifinal da Libertadores daquele ano. No jogo de ida, na Bombonera, ele deixou de marcar dois pênaltis para os brasileiros e deu um irregular para os argentinos, que saíram satisfeitos com o 2 a 2 e ganhariam a vaga nos pênaltis uma semana depois.

Até hoje Ubaldo é lembrado pelos erros no momento decisivo. O jogo fatídico, no entanto, não diminuiu seu prestígio na arbitragem paraguaia. Em fevereiro deste ano, por exemplo, ele foi chamado de “protegido de Napout” pelo site “Paraguay.com”, em referência à suposta amizade dele com Juan Ángel Napout, presidente da AFP.

“A relação com Napout e o Comitê Executivo com a minha pessoa passa por nos conhecermos pessoalmente, pelos princípios que recebemos de nossos pais”, disse Aquino à rádio 970, do Paraguai, negando qualquer favorecimento.

Para os corintianos, ficará marcada também a falha de Carlos Amarilla, árbitro principal da última quarta. Foi ele quem deixou de marcar o pênalti de Marin, que deu um tapa na bola em uma jogada com Emerson ainda nos primeiros minutos de jogo.