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Fla enfrentará bilionário mexicano e maratona de 30 mil km na Libertadores

Pedro Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

14/12/2013 06h10

No final da noite da última quinta-feira, em sorteio realizado em Assunção, no Paraguai, o Flamengo conheceu seus adversários na primeira fase da Copa Libertadores do próximo ano. Campeão da Copa do Brasil nesta temporada, o rubro-negro caiu no grupo 7, onde irá enfrentar o mexicano León, o equatoriano Emelec e a equipe boliviana do Bolívar.

E apesar de não ter adversários de maior tradição na competição continental, o clube da Gávea tem motivos de sobra para se preocupar. Além das já tradicionais catimbas e dificuldades logísticas, o Flamengo terá que enfrentar uma maratona de mais de 30 mil quilômetros nas três viagens da primeira fase e encarar o time do bilionário Carlos Slim.

Um dos homens mais ricos do mundo, o empresário mexicano do ramo de comunicações passou a investir no León há pouco mais de dois anos e transformou o time em um dos mais fortes do continente americano. E Slim costuma se envolver com a equipe. É comum vê-lo no vestiário antes e depois dos jogos.

Após uma década na segunda divisão do campeonato mexicano, o time mantido com a enorme fortuna de Carlos Slim vem desbancado tradicionais equipes nos últimos anos e disputa o título desta temporada no México contra o América. Na primeira partida, na quinta, venceu por 2 a 0 no estádio “Nou Camp”.

O local conhecido pelo mesmo nome da casa do Barcelona, aliás, será outro grande adversário do Flamengo. Oficialmente denominado Estádio León, o palco de jogos do time mexicano é famoso pela forte pressão imposta pela torcida da casa.

Cidade de origem do León, o município de Guanajuato, na região central do México, é motivo de grande preocupação para o Rubro-negro carioca também pela distância. Somente para ir e voltar à região logo no jogo de estreia da Libertadores, o Flamengo percorrerá 16.030 quilômetros – mais da metade da distância total viajada na primeira fase.

O clube ainda percorrerá 9.160 quilômetros para ir e voltar de Guayaquil, no Equador, casa do Emelec, e mais 5.410 na missão em La Paz, na Bolívia, contra o Bolívar. No total, serão 30.600 quilômetros em três longas viagens que prometem incomodar a missão do Flamengo na primeira etapa da competição.

Altitude e algoz no caminho
Outro obstáculo do time carioca na competição já é um pouco mais conhecido e corriqueiro: a altitude. No jogo contra o Bolívar, serão 3.600 metros de altitude na temida La Paz.

Em Guayaquil, o duelo contra o Emelec marcará o reencontro com o algoz de 2012. Naquele ano, o Flamengo precisava de um tropeço do time equatoriano na fase de grupos para avançar à segunda fase, mas a equipe venceu o Olimpia com um gol aos 47 minutos do segundo tempo e acabou com o sonho rubro-negro de classificação.

Desta vez, o Flamengo espera ter melhor sorte contra o Emelec e, principalmente, no desafio para superar as longas viagens a México, Equador e Bolívia. Mesmo restando quase dois meses para a estreia, a Libertadores – e a logística – do clube carioca já começou.

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