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Bota repete Fla e cariocas terão apostas caseiras e baratas na Libertadores

Bernardo Gentile e Juliane Medeiros

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/12/2013 06h10

Destaques cariocas na temporada 2013, Flamengo e Botafogo serão também os protagonistas do futebol no Rio de Janeiro em 2014, quando disputarão a Copa Libertadores. E para repetir o sucesso no próximo ano, o campeão da Copa do Brasil e o time que volta a disputar a competição sul-americana após 18 anos terão estratégias semelhantes.

E se antes a disputa de grandes competições era sinal de investimentos ainda maiores, tal política não será executada em 2014. O Botafogo repetirá uma prática já adotada pelo Flamengo e terá uma aposta caseira e consideravelmente barata para comandar o time na Libertadores.

Com vencimentos de aproximadamente R$ 50 mil por mês, Eduardo Hungaro terá a missão de conduzir a equipe de General Severiano rumo ao inédito título. O salário corresponde a apenas 13% do salário do antecessor, Oswaldo de Oliveira – que recebia cerca de R$ 380 mil.

No Flamengo, Jayme de Almeida não chega a ser um iniciante como Hungaro, que terá seu primeiro trabalho como técnico principal, e terá um salário mais alto após reajuste pelo título da Copa do Brasil. Ainda assim, os R$ 150 mil mensais estão longe dos padrões estabelecidos no Flamengo nos últimos tempos.

Para se ter uma ideia, desde 2010, quando o interino Rogério Lourenço assumiu o time da Gávea, que um treinador não recebia tão pouco. Outros comandantes como Vanderlei Luxemburgo, Dorival, Joel Santana, Mano Menezes e Jorginho tinha vencimentos que variavam entre R$ 250 mil e R$ 700 mil. E a maioria sem nem disputar uma Libertadores.

E o companheiro “barato” serve de inspiração para a mais nova aposta entre os técnicos do futebol carioca.

“Eu não tenho medo dessa situação. Acredito em mim e tenho confiança no meu trabalho. Vi a história do Jayme e ele me serve de exemplo. O objetivo é me manter aqui e continuar essa história que estou construindo no Botafogo”, disse Eduardo Húngaro, ex-auxiliar e técnico dos juniores, confirmado como treinador na última quarta.

Economia dentro das quatro linhas
A política de contenção de gastos de ambos os clubes não se dará apenas fora das quatro linhas. Flamengo e Botafogo também não planejam investimentos de muitos milhões de reais em contratações de reforços para dentro de campo. Ambos os times não deverão ter reforços de maior impacto para a disputa da Libertadores.