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Atlético-MG 'esconde' em prancheta tática para furar retranca paraguaia

Do UOL, em Belo Horizonte

11/03/2014 19h57

Enfrentar adversários que jogam fechados tem sido um problema para o Atlético-MG nesta temporada. Diante do Nacional, nesta quarta-feira, em duelo pela Libertadores, o time mineiro já se prepara para enfrentar um rival retrancado e que vai marcar com quase todo o elenco atrás do meio de campo.

Os treinos preparatórios para o duelo contra o Nacional contaram com atividades já pensando na forte marcação que o Atlético enfrentará. O técnico Paulo Autuori trabalhou bastante movimentação do sistema ofensivo e paciência para conseguir finalizações.

O treinador conta com uma importante ajuda na tentativa de furar o bloqueio adversário. Autuori utilizou uma prancheta de papel, durante os treinos, onde ele colocou a disposição tática do Nacional, como forma de mostrar aos atletas a marcação adversária.

“Ele mostra a parte defensiva do adversário, que joga com uma linha de quatro atrás, bem fechado, apesar de jogar em casa. Vamos ter que movimentar para achar os espaços”, explicou Jô, que conversou com Autuori durante bom tempo no treino de segunda-feira, na Cidade do Galo.

A prancheta vem sendo utilizada pelo treinador a cada treinamento. Nela, Autuori contém números da sua equipe e informações dos adversários. A cada conversa com um atleta, o comandante utiliza do objeto para auxiliar. O método tem sido bem aceito pelos comandados.

Jô sabe a fórmula para conseguir superar a retranca adversária. “É movimentação e ter paciência. Não vai ser fácil. Tem de trabalhar de um lado para outro, e acreditar no passe do Ronaldinho”, destacou.

Enfrentar adversários fechados em seu campo de defesa não é novidade para o Atlético. Nos jogos contra os times do interior de Minas, pelo Estadual, em Belo Horizonte, o alvinegro encontra pouco espaço para jogar, assim como aconteceu nos dois jogos pela fase de grupos da Libertadores, contra o Zamora e Santa Fé.

“O clima já é outro. Todo mundo que vem jogar contra o Atlético, em casa ou fora, vem fechado. Já estamos acostumados a pegar times assim. Temos que movimentar”, observou Jô, que é a grande esperança do Atlético para conseguir furar a marcação adversária. O jogador tem cinco gols na temporada, sendo dois pela Libertadores.