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Atlético-MG cede empate ao Nacional no final e perde chance de seguir 100%

Do UOL, em Belo Horizonte

12/03/2014 23h57

Em seu terceiro jogo pela Libertadores 2014, o Atlético-MG esteve perto de obter sua terceira vitória seguida, mas bobeou no final da partida e cedeu o empate ao Nacional do Paraguai, em 2 a 2, na noite desta quarta-feira, em Ciudad del Leste. A exemplo do que havia acontecido diante do Independiente Santa Fé, o time atleticano saiu atrás do clube paraguaio, reagiu, mas dessa vez não sustentou o triunfo e não está mais 100% na competição. Contra o Zamora, na Venezuela, o alvinegro venceu com gol nos minutos finais.

Apesar disso, o Atlético-MG continua na liderança do Grupo 4, com sete pontos em nove possíveis (rendimento de 77,77%), contra quatro do Nacional, o vice. Mas a equipe de Paulo Autuori desperdiçou a oportunidade de comemorar seu terceiro triunfo, o segundo como visitante, que o deixaria com a classificação encaminhada para a etapa seguinte da competição. Na Venezuela, o Zamora conseguiu sua primeira vitória, ao bater o Independiente Santa Fé, por 2 a 1. Os dois times somam três pontos.

O Atlético-MG saiu atrás do marcador, com gol de Melgarejo, empatou e virou com Josué e Jô. Depois de desperdiçar chances de ampliar o placar, o Nacional empatou com gol de pênalti, cometido por Otamendi e convertido por Torales. Na próxima quarta-feira, às 19h45, no Independência, o alvinegro mineiro receberá o mesmo Nacional do Paraguai, em partida que pode até mesmo definir a classificação antecipada da equipe.

O Atlético-MG não enfrentou grande pressão da torcida paraguaia no Estádio Antônio Aranda, em Ciudad del Este, que recebeu um público pequeno. Além disso, os torcedores ficam distantes do gramado. O time alvinegro contou com o apoio de uma animada torcida, que ajudou a empurrar a equipe durante os 90 minutos. O vento forte chegou a prejudicar Victor, que errou cinco reposições de bola, mandando-as para fora.

O alvinegro mineiro iniciou o primeiro tempo desatento e cometendo falhas em seu sistema defensivo. Logo aos 3 min, Josué bobeou e perdeu bola para Melgarejo que avançou e chutou para fora. Cinco minutos depois, o Nacional aproveitou a deficiência da defesa adversária e fez o seu gol, por meio de Melgarejo, que recebeu passe de Bareiro nas costas de Dátolo e colocou a bola nas redes. O time de Paulo Autuori seguia perdido em campo e tomando sustos.

Aos 16 min, após pressão do Nacional, Torales, de cabeça, mandou a bola na trave atleticana, aproveitando vacilo de Marcos Rocha. O time mineiro apenas assistia à equipe da casa atacar, utilizando os lados do campo, especialmente o esquerdo, em função da improvisação de Dátolo na posição. Quando parecia que o clube paraguaio ampliaria o placar, o Atlético reagiu e virou em um intervalo de quatro minutos.

Ronaldinho Gaúcho, que estava apagado em campo e que havia sido notado apenas em uma cobrança de falta nos minutos iniciais, fez bela jogada e deu passe para Josué empatar a partida, aos 22 min. E Dátolo, que enfrentava dificuldades na marcação, mostrou categoria no avanço ao ataque pela esquerda e cruzou rasteiro para Jô tocar para as redes, deixando o Atlético em vantagem no marcador. Os jogadores do time paraguaio protestaram contra a não marcação de impedimento do atacante atleticano.

Se o Atlético começou o jogo nervoso e errando muito, depois dos dois gols adversários, foi o Nacional que sentiu o golpe. Mas a paralisia do time da casa não demorou muito. Aos poucos, a equipe paraguaia voltou a levar perigo ao gol defendido por Victor. O alvinegro mineiro voltou a sofrer com a marcação forte do rival e tinha dificuldades para sair da defesa. Os atletas do Nacional voltaram a reclamar da arbitragem do argentino Patricio Loustau, alegando toque de mão de Pierre, aos 36 min, e consequente pênalti, não assinalado.

Ao fim da primeira etapa, Jô foi informado pelo repórter da Globo Minas que a imagem o mostrava adiantado no lance do seu terceiro gol na Libertadores. Ele sorriu e brincou: “às vezes é bom um erro a nosso favor”. Depois, o atacante atleticano falou mais sério: “Procurei acompanhar a linha da bola e me colocar em condições de fazer o gol”.

Os dois times voltaram sem alterações para o segundo tempo. Ao contrário da etapa anterior, o jogo começou mais equilibrado, com o Atlético-MG conseguindo marcar um pouco melhor o adversário. Poucas chances de gols foram criadas por ambas as equipes. O alvinegro tentava cadenciar o ritmo, com Ronaldinho Gaúcho procurando prender mais a bola. Além disso, nas cobranças de bolas paradas, o meia levava perigo também. Aos 17 min, ele cruzou e Leonardo Silva cabeceou para defesa segura de Don.

O jogo continuou morno. O Atlético-MG administrava a vantagem e conseguia evitar as chegadas mais perigosas do Nacional, até a reta final, quando por duas ocasiões, o argentino Otamendi evitou o empate adversário. E a preocupação de segurar o resultado ficou ainda mais evidente, aos 36 min, quando Autuori tirou Ronaldinho Gaúcho, que acabara de levar um amarelo, para a entrada do volante Rosinei.O empate do Nacional aconteceu aos 41 min, com Torales convertendo cobrança de pênalti cometida por Otamendi.

NACIONAL-PAR 2 X 2 ATLÉTICO-MG

Data: 12/03/2014 (quarta-feira)
Local: Estádio Antônio Aranda, Ciudad del Este (PAR)
Árbitro: Patricio Loustau (ARG)
Auxiliares: Van Nuñez (ARG) e Ariel Scime (ARG)
Cartões amarelos: Coronel, Balbuena, Cáceres, Legarejo (NAC); Josué, Leandro Donizete, Ronaldinho Gaúcho, Otamendi (ATL)
Gols:Melgarejo, aos 8 min; Josué, aos 22 min e Jô aos 26 min do primeiro tempo; Torales, aos 41 min do segundo tempo

Nacional-PAR
Ignacio Don; Coronel, Leonardo Cáceres, Balbuena e David Mendoza; Melgarejo (Julio Santa Cruz), Riveros, Derlis Orué (Lusardi) e Torales; Julián Benítez (Martinez) e Fredy Bareiro
Técnico: Gustavo Morinigo

Atlético-MG
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Otamendi e Dátolo (Alex Silva); Pierre, Josué (Leandro Donizete), Ronaldinho Gaucho e Diego Tardelli; Fernandinho e Jô
Técnico: Paulo Autuori