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Fla quer reforços, mas descarta loucura após perder R$ 10 mi por eliminação

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

10/04/2014 10h15

A temida eliminação na Copa Libertadores foi consumada e tirou a possibilidade da entrada de cerca de R$ 10 milhões nos cofres do Flamengo. O prejuízo financeiro já havia sido admitido pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello, assim como o corte em outros setores do clube para manter os salários em dia. A diretoria reconhece a necessidade de reforçar o elenco, mas mantém os pés no chão e descarta fazer loucuras que comprometam o orçamento.

Os R$ 10 milhões perdidos foram calculados pelo departamento de finanças através do somatório da premiação da Conmebol por cada etapa avançada, bilheteria, entrada de novos sócios e demais receitas publicitárias. Desta forma, fica ainda mais complexo contratar atletas para a disputa do Campeonato Brasileiro.

"Sempre precisamos de reforços. O Flamengo busca evoluir, melhorar o elenco, mas dentro das possibilidades do clube. Não podemos desesperar. É seguir uma maneira para que possamos cumprir os compromissos. Ninguém vai fazer loucura, não vamos sair do nosso planejamento, que é de longo prazo”, afirmou o vice-presidente de futebol, Wallim Vasconcellos.

Com uma folha salarial de aproximadamente R$ 9 milhões no futebol, a ausência do montante esperado para alcançar ao menos às quartas de final da Copa Libertadores preocupa bastante os dirigentes.

“Os salários estão em dia. É óbvio que se você vai ter um mês e meio de Copa do Mundo, em que não vamos faturar, a eliminação na Libertadores foi ruim nesse aspecto. Acontece. Não tem como achar que vai até a final. A expectativa era a de que pudéssemos avançar algumas fases, mas não fomos. Vamos conseguir dinheiro de outra maneira. Procurar outras fontes de recursos para honrar os compromissos”, explicou Wallim Vasconcellos.

Apesar das críticas e revolta da torcida depois da derrota por 3 a 2 para o León-MEX, o técnico Jayme de Almeida permanece tranquilo no cargo. A diretoria descarta mudanças e transmite força ao profissional.

“Ele continua. Não vamos trocar o Jayme em razão de um jogo. Foi atípico. O trabalho é positivo. Lógico que ser campeão do mundo em 2014 seria ótimo. Mas o planejamento não era esse. Vamos melhorar o que podemos”, encerrou o dirigente.