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Conmebol não aplica punição "suspensa" e Grêmio deve ser multado por briga

Vinte e três integrantes das torcidas do Grêmio brigaram antes do jogo contra Nacional-URU - JEFFERSON BERNARDES/AFP
Vinte e três integrantes das torcidas do Grêmio brigaram antes do jogo contra Nacional-URU Imagem: JEFFERSON BERNARDES/AFP

Carmelito Bifano

Do UOL, em Porto Alegre

16/04/2014 12h45

O temor do Grêmio de ter que jogar alguma partida da fase de mata-mata da Libertadores com portões fechados diminuiu. O clube foi informado na última terça-feira que terá que se defender no tribunal da Conmebol pela briga de torcedores nas arquibancadas da Arena na partida contra o Nacional-URU, no último dia 10. Além da utilização de sinalizadores pela torcida do time uruguaio.

A preocupação gremista era que a instituição máxima do futebol sul-americano aplicasse punição de jogar com portões fechados que estava suspensa em decorrência da queda do alambrado no jogo pela Libertadores 2013, contra a LDU e que deixou oito torcedores feridos. O clube foi enquadrado nos artigos 6, 11.2 e 43 e as sanções estão previstas no artigo 22 do regulamento gisciplinar.

“O Grêmio recebeu um comunicado de abertura de um expediente disciplinar, que é a instauração de um novo processo administrativo. O Grêmio vai apresentar a sua defesa e poder trabalhar, diferentemente do que se pensava com aquela pena que estava pendente do jogo contra a LDU”, declarou o advogado do Grêmio, Gabriel Vieira.

Apesar das campanhas feitas pelo clube alertando sobre a possibilidade de punição e de ter que jogar com o estádio fechado em jogos importantes, 23 integrantes de uma torcida do clube foram detidos após a briga na arquibancada da Arena. Como os baderneiros foram encaminhados aos órgãos de segurança e o clube fez o possível para evitar qualquer tipo de confronto, a expectativa é por uma pena financeira.

“Acreditamos que a pena de multa seria possível neste caso. Uma pena de portões fechados é um pouco mais complexa. Tivemos um episódio que um clube foi punido com portões fechados, que foi no caso do menino Kevin Espada que morreu na Bolívia. Foi a morte de uma pessoa, ou seja, é o julgamento máximo que se pode ter na justiça desportiva”, afirmou Vieira.

O Grêmio irá encaminhar a defesa ao tribunal da Conmebol até o dia 21. A expectativa é que o julgamento ocorra até uma semana depois de vencidos os prazos. Se conseguir se livrar da punição de atuar com portões fechados, o clube gaúcho deverá receber uma multa entre 100 e 400 mil dólares.