Eliminação do Cruzeiro sacramenta pior Libertadores do Brasil em 23 anos

O Brasil chegou a sua pior campanha na Libertadores desde 1991. Com a eliminação do Cruzeiro para o San Lorenzo na noite desta quarta-feira, o país não terá nenhum representante entre os quatro melhores do torneio, o que não acontece há 23 anos.

Além de atingir essa marca negativa, o Brasil foi eliminado pela primeira vez antes da semifinal da Libertadores com o atual regulamento da competição, que passou a ser adotado desde 2000, com mais clubes brasileiros.

Coincidentemente, o algoz do país em 1991 também foi um clube argentino. Na ocasião, o Boca Juniors eliminou o Flamengo após vencer por 3 a 0 os cariocas nas quartas de final. A equipe de La Bombonera também foi responsável por derrubar o Corinthians, o outro brasileiro da edição, nas oitavas.

Neste ano, o Brasil entrou com seis representantes da Libertadores, sendo um deles o Atlético-MG, atual campeão. No entanto, ainda na primeira fase, Flamengo, Botafogo e Atlético-PR já deram adeus.

Com essas eliminações, o país já tinha amargado sua pior Libertadores desde 2002, perdendo a hegemonia na fase de mata-mata. As oitavas tiveram quatro argentinos contra apenas três brasileiros.

No entanto, nas oitavas, o Brasil viu mais dois clubes se despedirem da competição. Atlético Nacional, da Colômbia, e San Lorenzo, algoz do Cruzeiro nesta noite, eliminaram Atlético-MG e Grêmio, respectivamente.

As quedas também acabam com a soberania brasileira nos últimos anos da competição. Desde 2010, o país terminava a Libertadores com status de campeão. Inter, Santos, Corinthians e Atlético-MG levantaram a taça nas últimas quatro edições.

Os títulos dos últimos anos fizeram com que o Brasil se aproximasse da Argentina como maior vencedor da Libertadores. Atualmente, os argentinos possuem 22 conquistas contra 17 dos brasileiros. Os ‘hermanos’ podem ampliar sua hegemonia caso o San Lorenzo, time do papa Francisco, ou o Lanús (que só define sua presença nas semifinais na quinta-feira) se sagre campeão.