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Derrota do Inter 'alimenta' D'Alessandro e força 'blindagem' a vestiário

Do UOL, em Porto Alegre

18/02/2015 06h00

O Internacional perdeu na estreia da Libertadores. Na terça-feira (17), levou 3 a 1 do The Strongest, na Bolívia. E por mais difícil que seja encontrar lado positivo na partida, principalmente pela maneira que aconteceu, com os adversários dominando o jogo todo, as críticas evidentes podem trazer algo de bom. D'Alessandro disse 'se alimentar' com este tipo de situação. Enquanto isso, o clube trata de 'blindar' o técnico Diego Aguirre de qualquer pressão. 

"Ouvi se bater muito na tecla que eu estou muito velho, que não presto mais. Estou a dois meses de fazer 34 anos. E gosto do que vem pela frente. Quando mais me criticam, mais força eu pego em casa e pessoalmente. Fico assistindo e vendo... Gosto disso. Me preparo ainda melhor. O futebol é assim, tem que aceitar a crítica. Posso concordar ou não, mas vou continuar fazendo o que é melhor para o clube. Jogando mal ou bem, vou tentar ajudar para cumprir os objetivos", disse o gringo. 
 
D'Ale foi autor do único gol do Inter no jogo, de pênalti. E é impossível escapar das críticas. Mesmo atuando sob influência de 3,6 mil metros de altitude, o time brasileiro não conseguiu sequer igualar o jogo ao The Strongest e poderia ter perdido por mais, principalmente no primeiro tempo. 
 
"Vamos blindar o vestiário. Estou acostumado com as porradas que vão sair. Muita água já passou por debaixo da ponte. Nada vai me surpreender. Temos que valorizar o trabalho e nosso grupo", garantiu. "Não ficamos felizes por ter perdido. Nem vou falar o que passamos na altitude porque vai soar como desculpa. Mas sabemos disso. É tirar a experiência e força, porque o que está na frente será muito melhor", garantiu. 
 
Direção protege Diego Aguirre
 
A direção vermelha trata o tema da mesma forma. Enquanto vê crescer a rejeição da torcida ao técnico Diego Aguirre pela falta de vitórias do time titular (tanto no Estadual quanto na Libertadores, apenas os suplentes venceram), o comando evita imaginar uma troca no reservado. 
 
"O técnico é o Aguirre até dezembro. Estamos em início de temporada, tivemos 15 dias de trabalho. Vamos com calma. Realmente, vamos com calma", pediu o presidente Vitório Píffero.
 
Segundo o treinador, é momento para enfrentar os problemas unido ao time. "Nos sentimos mal, não aconteceu o que pensávamos. Temos que ser fortes e encarar juntos as dificuldades. Construímos, não concretizamos e perdemos o jogo", finalizou. 
 
Os jogadores do Inter chegaram durante a madrugada ao Brasil. A quarta-feira será de folga. Apenas os suplentes enfrentarão o São Paulo-RS, no fim de semana, pelo Gauchão. Rever, que não atuou na Bolívia, Anderson, substituído no primeiro tempo, e Nico Freitas, que ainda não estreou, pode ser atrações.