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Jadson venceu balança e medo da reserva. Agora revê SP e Muricy pela 1ª vez

Jadson virou o jogo com Tite e agora enfrenta o São Paulo pela primeira vez - Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Jadson virou o jogo com Tite e agora enfrenta o São Paulo pela primeira vez Imagem: Moacyr Lopes Junior/Folhapress

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

18/02/2015 06h00

Jadson começou 2015 preocupado com o banco de reservas. Balançou entre ser o 10 do Flamengo e correr o risco de ficar e não ser utilizado. 

Para quem foi chamado de Zico da Baixada no início da carreira no Atlético-PR e teve sete anos de brilho no Shakhtar Donetsk-UCR, terminar o ano passado como última opção de Mano Menezes para a armação foi algo difícil. Mas, ao contrário de outras vezes em que se abateu, o camisa 10 do Corinthians mudou o panorama em pouco tempo. 

Nesta quarta-feira, é a primeira vez que Jadson cruza com o São Paulo desde que trocou de clube há um ano. O duelo histórico, por ser inédito entre corintianos e são-paulinos na Copa Libertadores, também marca o reencontro com Muricy Ramalho. Foi na saída do Morumbi, com decepção de Muricy com ele e vice-versa, que Jadson se encontrou com os mesmos problemas que enfrentaria nas horas difíceis de 2014, com Mano. 

Seja no São Paulo ou no Corinthians, o meia viveu uma montanha russa. Teve momentos de Magic Jadson, como no Brasileiro e Sul-Americana de 2012 e no Paulista de 2014. Em outros, não conseguiu se impor, física e mentalmente. Muricy chegou a se queixar do comportamento dele no ano retrasado e da dificuldade de se manter em boa forma. Na chegada ao Corinthians, Tite traçou um diagnóstico parecido: o meia precisava perder peso e trabalhar mais. 

É verdade que só foram três partidas como titular, mas o comportamento de Jadson tem impressionado a comissão técnica. Ele está mais intenso, mais determinado e afim de melhorar seu posicionamento sem bola. No jogo em casa contra o Once Caldas-COL há duas semanas, o meia foi elogiado por Tite por um carrinho. Jadson não parece mais precisar só das assistências para ser destaque. E olha que ele já deu três passes para gol em 2015. 

Nesse sobe e desce físico e mental, este parece ser o momento de alta. Mas na baixa, no São Paulo e no Corinthians, Jadson deixou impressão semelhante quando parou de jogar bem. As concorrências de PH Ganso e Renato Augusto, em momentos diferentes, mexeram com o camisa 10. Em vez de crescer e se impor, ele caiu de produção. Agora, até já pediu a Tite para treinar mais. O fato aconteceu após o amistoso com o Bayer Leverkusen-ALE em que ele não atuou. 

"Seis jogadores entraram e o Jadson não entrou. E foi treinar. Sabe o que ele fez depois do treino? 'Quero um pouco mais'. Não ficou chateado porque o colega entrou e não utilizei ele. Ele não ficou preocupado, porque 'fui seleção', porque 'não entrei'. Foi trabalhar e está colhendo o fruto do trabalho dele, em resumo", analisou Tite na véspera do clássico que, entre tantos personagens e marcas importantes, se anuncia especial também para Jadson.