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Trinta corintianos são presos após apreensão de armas e bombas no Itaquerão

Armas apreendidas em Itaquera - Ministério Público- SP
Armas apreendidas em Itaquera Imagem: Ministério Público- SP

Luciano Borges

Do UOL, em São Paulo

19/02/2015 18h15

O juiz Ulisses Augusto Pascolati Junior, do Juizado Especial Criminal (JECrim), deixou o Itaquerão por volta das quatro horas da madrugada desta quinta-feira. Motivo: ele teve que julgar rapidamente a situação de cerca de 30 torcedores corintianos que foram detidos e presos pela Polícia Militar. Todos são integrantes da uniformizada Estopim da Fiel, de Campinas, que foram ao estádio levando rojões, bombas de fabricação caseira e várias armas brancas.

Três dos acusados fizeram um acordo na hora e aceitaram se afastar dos estádios por um ano. Além disso, foram multados em R$ 4 mil cada um. Os 27 restantes não aceitaram esta pena e serão processados. O Ministério Público vai pedir três anos de afastamento dos jogos e futebol, além de pena pecuniária.

Dois menores de idade, vestindo camisas do São Paulo, também foram detidos por portarem bombas de fabricação caseira. Eles foram encaminhados ao Juizado de Menores.

Dentro do estádio, ainda no primeiro tempo, um grupo de são-paulinos agrediu dois corintianos dentro de Arena. Um conflito maior não ocorreu, com a chegada de mais torcedores do Corinthians, porque soldados da PM fizeram um cordão separando os briguentos.

No final da noite, a PM comemorou o sucesso do esquema de proteção montado para que os ônibus que transportaram os uniformizados do São Paulo não fossem emboscados tanto na ida quanto na volta de Itaquera. Mesmo assim, o promotor do JECrim, Paulo Castilho, continuou criticando a maneira como a questão da violência entre as organizadas vem sendo tratada: "A Polícia Militar não pode gastar dinheiro do povo para escoltar torcida e evitar que ela pratique ou seja vítima de violência", disse.