Nilmar reverte cenário, ganha pontos com Aguirre e se garante no Inter

Naquele que poderia ser seu último jogo como titular, em virtude do mar de críticas, Nilmar foi disparado o melhor em campo. Naquela noite que poderia ser mais uma de jejum, o camisa 7 mostrou que ainda pode ser decisivo e vital ao Internacional. Personagem da vitória diante do Emelec – com um gol e assistência, o atacante ganhou mais pontos com Diego Aguirre.

A relação do atacante com o técnico é das melhores, possivelmente a mais próxima no atual vestiário do Beira-Rio. A dupla trabalhou junto no Qatar e é este conhecimento de parte a parte que sustenta a vaga no time titular. Agora mais facilmente defendida, após boa atuação.

“Aos grandes jogadores você precisa dar tempo. O Nilmar estava em uma fase difícil por não ter feito gols, mas eu quero que ele faça gols em jogos decisivos e não tanto no Gauchão. Quando o time precisa é que aparecem os grandes jogadores. Que se fale do bom jogo que ele fez, falaram muito quando ele não estava bem. Tomara que falem muito desta atuação dele. Eu sinceramente sabia que este é o verdadeiro Nilmar”, disse Diego Aguirre.

Se em outros jogos de 2015 o camisa 7 foi travado, irregular e muitas vezes inofensivo ao sistema defensivo adversário, contra o Emelec lembrou os velhos tempos. Agudo, liso. Incisivo. Aos 10 minutos do primeiro, disparou pela esquerda, trombou com um, driblou outro e chutou por baixo na saída do goleiro Dreer. Na etapa final, buscou uma bola perdida na linha de fundo e cavou escanteio. Depois, foi para o último recurso e deu um toque por cima, tentando encobrir o camisa 12 rival. Na sequência, virou garçom e largou Alex na frente do gol para empatar. A atuação, até mais que o gol, empolgou o próprio atacante.

“Acho que o gol, claro, incomoda não fazer. Mas faltava era uma grande atuação, que eu sei que sou capaz. Saio mais feliz pela atuação do que pelo gol. Às vezes se joga mal, mas o gol apaga. Hoje tive a felicidade de ajudar com o gol e com o passe”, comentou Nilmar. “Sou ser humano, volta a autoestima. A confiança sempre vem quando se joga bem”, completou.