SP mandou Jadson ao Corinthians e manteve Ganso. Olha quem brilha agora...
Jadson deixou o São Paulo, de certa maneira, pela porta dos fundos. Entre os principais motivos para sua saída estava a presença de PH Ganso, comprado a peso de ouro e que fez o então titular, pouco a pouco, se entregar à concorrência. Um ano depois, tudo mudou.
Em noite de Copa Libertadores para tricolores e alvinegros, as atuações dos dois jogadores foram emblemáticas. Ganso novamente distribuiu dezenas de passes pouco efetivos, não agradou e o São Paulo foi derrotado pelo San Lorenzo-ARG. Logo depois, o Corinthians venceu o Danubio-URU por 4 a 0 com gol e assistência de Jadson, novamente um dos melhores em campo na equipe de Tite que o fez renascer.
Entre altos e baixos, ele estava em alta no São Paulo campeão da Copa Sul-Americana 2012 quando chegou PH Ganso. O time precisava de um substituto para Lucas, vendido ao PSG-FRA, mas Juvenal Juvêncio comprou um concorrente para Jadson. Juntos, raramente eles jogaram bem, e foi Muricy Ramalho ao retornar ao Morumbi quem fez sua opção.
Jadson se sentia cada vez menos importante, teve problemas de relacionamento com o chefe e, internamente, virou exemplo de pouca dedicação quando a equipe lutava para escapar do rebaixamento. Na chegada de Alexandre Pato do Corinthians, o meia reserva foi liberado para o rival. Ganso rapidamente abdicou da camisa 8 para ficar com a 10 que pertencia a Jadson. Cerca de um ano depois do negócio, tudo se inverteu.
Ganso vive momento muito negativo no São Paulo. Muricy Ramalho reconhece a fase ruim de seu homem de confiança, mas por enquanto não abriu mão de tê-lo entre os titulares. No fim de semana Muricy chegou a apontar que tiraria Ganso do confronto contra o San Lorenzo. Apontou, também, que Boschilia iniciaria a partida. No jogo, porém, escalou o camisa 10 e viu mais uma atuação ruim. Ganso não participou das jogadas quando a bola não passou por seu pé. Foi comum vê-lo sem acompanhar o time, tanto no setor ofensivo como no defensivo.
Com Jadson, quase tudo ao contrário. Ele ganhou novo status com a torcida ao recusar proposta da China para ficar, dias depois de marcar contra o próprio São Paulo. Diante do Danubio, repetiu seu recital de passes curtos inteligentes, assistências para os colegas e ainda marcou um golaço de falta. No Corinthians, virou exemplo de dedicação por quilos perdidos na volta das férias e por aceitar competir um pouco mais. Tanto que, no sistema de Tite, passou da faixa central para a ponta direita, onde se exige mais rapidez na transição defensiva.
Os números do Footstats pela Copa Libertadores são bom termômetro sobre a distância que hoje existe entre os camisas 10 de Corinthians e São Paulo. Ganso toca mais na bola (52,8 passes contra 41,3 por jogo), mas é Jadson, disparado, quem deixa os colegas na cara do gol (3,3 passes para finalizações em média contra 1,8). Em seis jogos, o corintiano tem dois gols e cinco assistências. O são-paulino, em quatro partidas, não tem gol nem assistência. Está prestes a ir para a reserva.
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