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Corinthians pega algoz argentino de 20 tatuagens. Até fã se pintou por ele

Romagnoli já eliminou Corinthians na Copa Mercosul 2001 - AFP
Romagnoli já eliminou Corinthians na Copa Mercosul 2001 Imagem: AFP

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

16/04/2015 06h00

Leandro "Pipi" Romagnoli não tem certeza, mas jura que são mais de 20 tatuagens em seu corpo. Na memória, porém, é certo que tem o dia em que o centroavante Romeo e ele acabaram com o Corinthians que reencontra nesta quinta-feira, em Itaquera.

A lembrança é de 2001, na semifinal da extinta Copa Mercosul. Se hoje gera respeito nos rivais da Copa Libertadores, o Corinthians ali ainda era um time encolhido fora do Brasil. Romagnoli, aos 20 anos naquele 28 de novembro, deu duas assistências na goleada por 4 a 1 que eliminou os corintianos. O colega Romeo fez três gols e o San Lorenzo determinou a demissão de Vanderlei Luxemburgo.

Ídolo nos principais títulos da história do San Lorenzo (Mercosul 2001, Sul-Americana 2002 e Libertadores 2014), Pipi Romagnoli agora visita o Corinthians atrás de sobrevida. Com vitória na quarta-feira, o São Paulo foi a 9 pontos no Grupo 2 e abriu vantagem para a equipe argentina, que tem seis. Aos 34 anos, quem sabe seja a última chance para o camisa 10 que marca referências no clube de Almagro.

Em homenagem a Romagnoli, fã argentino fez tatuagem às costas - Divulgação/Conmebol - Divulgação/Conmebol
Em homenagem a Romagnoli, fã argentino fez tatuagem às costas
Imagem: Divulgação/Conmebol
O jovem Federico Rodríguez, empolgado em 2014, pintou o 10 de Romagnoli escondido dos pais Mario e Roxana. Entre os torcedores do San Lorenzo, virou quase uma celebridade igual seu ídolo.

Pipi já pintou o nome e os rostos de suas filhas, nas costas, e de seus pais, no peito. Em meio a tantos desenhos, também colocou na panturrilha o apelido que recebeu de sua irmã, Natalia. Quando ela tinha três anos, não conseguia falar Leandro, que virou apenas Pipi. Um ídolo que pagou US$ 300 mil para romper um acordo com o Bahia e jogar o Mundial de Clubes da Fifa.

Destacado por Tite como um dos nomes mais perigosos, Romagnoli é espécie de termômetro do clube que começou a amar aos 7 anos, quando chegou às divisões de base e ia aos treinos levado pela mãe Rita. Os torcedores argentinos já sabem: quando Leandro está bem, a equipe ganha na criação e passa a ser mais perigosa. Foi assim no primeiro San Lorenzo x Corinthians de fevereiro, ainda assim vencido pelos brasileiros com um golaço de Elias.

Diante de um público que promete ser recorde da Arena Corinthians, o San Lorenzo vai tentar algo melhor que Once Caldas-COL (levou 4 a 0), São Paulo (2 a 0) e Danubio-URU (4 a 0). Se o tatuado Romagnoli jogar como em 2001, as chances podem crescer, mas a verdade é que o favoritismo está do outro lado.

Com 100% de aproveitamento na chave, o Corinthians ainda não perdeu jogos oficiais em 2015 e precisa de apenas um empate nesta noite para selar a classificação com uma rodada de antecedência. Na Arena, a invencibilidade é ainda maior e chega a 30 jogos. Tite, que assistiu in loco ao título do San Lorenzo no ano passado, mandará força máxima a campo. Não será nada fácil para Romagnoli e os argentinos.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS x SAN LORENZO-ARG

Local: Arena Corinthians, em São Paulo
Data: 16 de abril de 2015, quinta-feira
Horário: 22h (de Brasília)
Árbitro: Victor Carrillo (Peru)
Assistentes: César Escano e Braulio Cornejo (ambos Peru)

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Uendel; Ralf; Jadson, Elias, Renato Augusto e Emerson; Vagner Love.
Treinador: Tite

SAN LORENZO: Torrico; Buffarini, Caruzzo, Yepes e Más; Mercier e Ortigoza; Villalva, Romagnoli e Blanco; Matos.
Treinador: Edgardo Bauza